A presidente da União Campinense de Equipes Sociais (Uces), Socorro Nascimento, comentou, em entrevista à Rádio Caturité FM, que existe uma licitação que tira mais de 100 deficientes físicos do projeto de inclusão social através da Zona Azul em Campina Grande e fez um apelo ao superintendente da Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos de Campina Grande (STTP), Félix Neto.
– Ficamos surpresos com essa licitação que amanhã irá ocorrer aqui na cidade, mas a gente gostaria de pedir a Félix Araújo Neto que repense e se sensibilize. São mais de cem pais de família, pessoas com deficiência física, pessoas que estão na rua trabalhando, buscando o seu pão de cada dia. Nesse edital de 120 páginas diz que apenas dez serão treinados, então 130 irão ficar sem o seu emprego. A gente vê o lado que não estão respeitando quem gerenciou por mais de 22 anos. Tentamos conversar com Félix de várias formas, mostramos a ele o projeto, porque tínhamos um projeto. Nosso apelo é que o prefeito suspenda essa licitação para amanhã e receba as entidades. Pedimos para ele adiar e como a gente vai conversar, o prazo ficaria depois da conversa que a gente tivesse com as três entidades. O prefeito se comprometeu a posteriormente nos ajudar, mas fica vago, pois no momento em que for aprovado o edital, tem que se cumprir – disse.
Segundo o tesoureiro da Uces, João Batista, os três convênios que existiam com a STTP foram pausados e estão funcionando na clandestinidade atualmente.
João afirmou que um protocolo foi registrado pedindo a suspensão da licitação e citou que a Uces tem embasamento legal sobre o assunto. Também disse que se o pedido for negado, a Uces vai entrar com mandado de segurança para tentar suspender essa licitação.
– Todos os funcionários da Uces têm as carteiras assinadas, suas obrigações sociais pagas em dia e a gente tenta manter operando esse recurso – disse.
Jean Araújo, presidente da Cooperativa de Deficientes, afirmou que o governo federal cortou o subsídio das pessoas com deficiência e para isso a Zona Azul foi criada. Ele afirmou que a entidade emprega 19 pessoas pela Cooperativa e dá auxílio à Fraternidade Cristã de Pessoas com Deficiência.
Segundo Jean, a reivindicação junto à STTP é para que os empregos sejam mantidos, tendo em vista que os trabalhadores possuem o intuito de manter os seus direitos garantidos.
(Fonte: Paraíba Online)