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Empresários são presos em Erechim por adulterar produtos hospitalares para vencer licitações


Nedio Justino Massochin e seu filho são acusados de baratear itens vendidos a prefeituras por meio de alterações ilegais

Os empresários Nedio Justino Massochin e Nedio Justino Massochin Junior foram presos preventivamente, na noite desta segunda-feira (18), a pedido do Ministério Público. Eles são investigados na Operação Metro a Metro 2, deflagrada em 17 de novembro, e acusados de criarem uma organização criminosa que adulterava produtos médico-hospitalares para baratear custos e vencer licitações de concorrências em todo o país.

De acordo com a investigação, empresas fabricantes e revendedoras de produtos médico- hospitalares e de higinel pessoal fraudaram licitações a partir da entrega de produtos em quantidade e qualidade menor à licitada. Ao Ministério Público, uma testemunha afirmou que as licitações fraudadas por Nedio Justino Masschin e seu filho, Nedio Justino Massochin Junior, poderiam atingircerca de 900 municípios.

— Em parceria com fornecedores, eles fraudavam a entrega de produtos. Os casos mais graves foram verificados em prefeituras que obtiveram fraldas geriátricas deles. Para vencer a licitação, os empresários barateavam os custos. Verificamos fraldas sem fita de contenção e com baixo uso de gel. Ou seja, pessoas em situação de vulnerabilidade foram prejudicadas por estas fraudes — explicou o promotor Alcindo Luz Bastos da Silva Filho.

Os empresários vão responder por crime hediondo, pela alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, questões de metragem e organização criminosa. A pena de ambos pode passar de 20 anos de prisão.

— Solicitamos a prisão preventiva deles pelo risco que identificamos por meio de ligações grampeadas de fugirem de Erechim. Em conversas, detectamos tentativas de suborno dos empresários com funcionários de prefeituras, para evitar que relatassem problemas nos produtos fornecidos. Por exemplo, em fornecimentos de gases médicas ou papel toalha, se um pacote tivesse que ter 500 unidades, tinha 100. Este era o modo de agir deles — completou o promotor Alcindo.

(Fonte: Gaucha Zh)

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