Na luta contra o protecionismo nos Estados Unidos, a Embraer ganhou o primeiro round.
A empresa brasileira participa de uma concorrência da Força Aérea americana para fornecer 20 aviões (que podem chegar a 55) para serem usados no Afeganistão e nos EUA. O Super Tucano da Embraer concorre com o AT-6 da americana Hawker Beechcraft, que se associou à Lockheed Martin para a concorrência.
A Força Aérea dos EUA anunciou na semana passada que a Hawker foi eliminada da concorrência.
Isso tudo depois de uma maciça campanha protecionista contra a Embraer.
A Hawker acionou blogueiros e think-tanks de direita para atacar a empresa brasileira.
“É apavorante uma empresa subsidiada e efetivamente controlada por um governo estrangeiro, que às vezes é hostil aos interesses americanos, produzir equipamentos de defesa dos EUA”, escreveu Jeffrey Mazzella, presidente do Centro para Liberdade Individual, em uma carta ao ex-secretário de Defesa, Robert Gates.
A empresa americana também lançou mão do populismo em meio à crise econômica dos EUA. “Hawker é uma empresa americana empregando trabalhadores americanos; dado o atual estado de nossa economia, dinheiro do contribuinte não deveria estar financiando o crescimento de outros países”, escreveu Rich Michalski, vice-presidente da Associação Internacional de Maquinistas e Aeroviários.