O vice-presidente de Operações da AEL Sistemas, Vitor Neves, disse que a associação entre as duas empresa terá grande importância para o desenvolvimento de vants mais adequados às necessidades brasileiras, ao unir as tecnologias de sistemas da AEL com as tecnologias aeronáuticas da Embraer.
O presidente da Embraer Defesa e Segurança acredita que a parceria com a AEL dará mais peso à proposta da empresa Harpia no processo de aquisição de futuras aeronaves vants para as Forças Armadas. No ano passado, a AEL venceu uma licitação aberta pela FAB para a compra de dois vants, do modelo Hermes 450, fabricado pela Elbit, com os quais pretende criar uma doutrina própria de utilização na Força.
“Acredito que a nossa proposta é vencedora e nós vamos mostrar isso na prática, pois acima de tudo é importante que os projetos sejam competitivos sob o ponto de vista de custos e de qualidade”, afirmou. Segundo Aguiar a nova empresa já nasceu com alguns requisitos sólidos para disputar seus negócios na área de defesa. “Temos tecnologias comprovadas em ambas empresas, capacidade de integração, marca reconhecida e com credibilidade no mercado internacional, além de uma sólida estrutura financeira e de capital”, completou.
A AEL mantém uma parceria de longa data com a Embraer, tendo sido uma das primeiras fornecedores de sistemas para a aeronave turboélice Tucano nas décadas de 80 e 90. Em parceria com a Embraer a AEL também faz a modernização dos sistemas aviônicos dos caças F-5 e AMX, avaliados em R$ 353 milhões.
A AEL também é responsável pela modernização da frota de 54 Bandeirantes da FAB. Em Porto Alegre, onde está sua sede, mantém um centro de excelência na área de sistemas aviônicos de última geração. Seu faturamento é da ordem de US$ 50 milhões.
A Embraer Defesa e Segurança também anunciou que a AEL foi escolhida para fornecer o computador de missão para o jato de transporte militar e reabastecimento em voo KC-390. A compra de parte da AEL e a joint-venture Harpia, segundo Aguiar, não influenciaram na decisão.