O ex-secretário-chefe da Casa Civil e de Fazenda, Éder Moraes, responsabilizou o ex-secretário da Secopa, Maurício Guimarães, pela licitação e pagamentos do VLT
Ex-secretário de Estado diz que compras foram feitas por sucessor na Secopa
O ex-secretário-chefe da Casa Civil e de Fazenda, Éder Moraes, responsabilizou o ex-secretário da Secopa, Maurício Guimarães, pela licitação e pagamentos do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
Neste domingo (22), o programa Fantástico, da Rede Globo, apresentou uma extensa reportagem acusando ele, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-deputado José Riva (PSD) de movimentarem R$ 640 milhões para lesar os cofres do Estado.
Um dos focos da suposto prática envolveria as obras do VLT.
Em nota, Éder ressaltou que todos os atos ligados à obra bilionária foram feitas na gestão de Guimarães.
“A licitação do VLT foi feita na gestão do então Secretário da Copa, Sr. Maurício Guimarães, que aconteceram em 3 etapas e que foram publicadas no Diário Oficial do Estado. Portanto, todos os atos foram praticados, adjudicados e homologados fora da minha gestão, pois ocupei o cargo de Secretário da Secopa até o dia 18 de abril de 2012”, disse, nesta segunda-feira (23).
“Saliento que toda a precificação, aquisição de materiais e detalhamentos em editais, materiais rodantes, tecnologia, acompanhamento e gestão se deram fora do meu mandato como secretário. Por conseguinte, a informação veiculada em matéria jornalística quanto à atribuição dos atos de gestão do VLT e qualquer responsabilidade a minha pessoa não correspondem à realidade”, afirmou.
Além disso, o ex-secretário negou, novamente, a validade de seu depoimento ao Ministério Público de Mato Grosso, e exibida na reportagem do Fantástico.
“Quanto aos depoimentos que foram divulgados no início da matéria, esclareço que nenhum destes corresponde com a realidade, já que formalmente me retratei de todos, fato este já reconhecido judicialmente, e ainda deixei consignado que nenhum destes poderiam ser utilizados, porquanto inverídicos, não exprimindo com a verdade, somente em juízo será restabelecida a verdade dos fatos”, afirmou.
“Pressão midiática”
O ex-secretário ainda classificou como “denúncia dúbia e descabida“ reportagem da emissora carioca. Ele afirmou não ter cometido “qualquer ilegalidade”.
“Não cometi qualquer ilegalidade, e não serão acusações dúbias, levianas e descabidas que influenciarão em qualquer julgamento, que deverá ser justo e isento, dentro do devido processo legal, não sendo influenciado por qualquer pressão midiática com intenção de manobra da opinião pública”, disse.
Para Éder, há interesses em “demonizar” o VLT em detrimento de interesses que, segundo ele, não seriam republicanos. Ele afirmou que irá tomar “medidas judiciais” contra a emissora carioca.
“Todas as medidas judiciais necessárias serão adotadas para que a verdade seja restabelecida, e os caluniadores punidos pelos danos causados, na sua devida proporção”, afirmou.
(Fonte: Midia news)