Por ineficiência, superintendentes deverão perder seus postos em Minas, Goiás, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul
Fonte de tensão entre o Planalto e aliados, a “faxina” em postos-chave do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), desencadeada no ano passado após denúncias de cobrança de propina, não acabou. O governo prepara a troca de mais seis superintendentes regionais da autarquia, ligados a partidos da base de apoio à presidente Dilma Rousseff ou cujas gestões são consideradas ineficientes.
Nos próximos dias, deve ser oficializada a saída de Sebastião Donizete de Souza, que comanda o Dnit em Minas. O engenheiro foi indicado pelos deputados federais mineiros do PR – partido que detinha o comando da autarquia até a crise – e seu desempenho não tem agradado ao governo.
O argumento é que projetos importantes para o Estado, que tem a maior malha rodoviária do País, não caminharam na velocidade desejada. É o caso da duplicação da BR-381 e da reforma do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, ambas ainda no papel. São cotados para assumir o cargo os engenheiros Alexandre Oliveira, que trabalha na superintendência em Contagem; e Marcelo Chagas, da Diretoria de Infraestrutura Ferroviária, em Brasília.
No Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Nogueira – que sucedeu interinamente ao ex-governador Marcelo Miranda, exonerado da superintendência por envolvimento em supostas irregularidades – também deve deixar o cargo em breve, dando lugar ao engenheiro José Luiz Viana, servidor de carreira do Ministério dos Transportes.
Os pedidos de exoneração foram enviados à Casa Civil, que precisa dar aval à saída dos superintendentes, a ser oficializada em portaria do ministro Paulo Sérgio Passos (Transportes).