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Dilma teme efeito de protestos em leilões

 

A presidente Dilma e sua equipe econômica já temem que as decisões de suspender reajustes de pedágios,

 

A presidente Dilma e sua equipe econômica já temem que as decisões de suspender reajustes de pedágios, tarifas de ônibus e de energia elétrica devido à onda de protestos tenham impacto negativo sobre os leilões de concessões de rodovias e ferrovias.

 

Segundo assessores presidenciais, a preocupação é que investidores estrangeiros, fundamentais para o sucesso dos leilões programados para o segundo semestre, possam se retrair diante das incertezas geradas pelas pressões populares.

 

Para o governo, esse seria um péssimo cenário para a previsão de retomada da economia, que começou o ano patinando -cresceu 0,6% no primeiro trimestre.

 

O Planalto conta com os leilões de concessão de rodovias, ferrovias e portos ao setor privado para impulsionar os investimentos em 2014 e garantir um crescimento acima de 3,5% no ano da campanha de reeleição de Dilma.

 

A equipe presidencial já trabalha com a possibilidade de ser obrigada a melhorar, mais uma vez, a rentabilidade dos projetos caso o risco político aumente, assustando ainda mais o investidor. Isso demandaria elevação do preço do pedágio cobrado pelos futuros concessionários.

 

Nesta semana, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), decidiu pedir a suspensão do reajuste das tarifas de energia no Estado. Geraldo Alckmin (PSDB-SP) cancelou o aumento dos pedágios previsto para julho. Ontem, o governo federal avisou que fará o mesmo com seus pedágios e também adiou o aumento das tarifas de ônibus interestaduais.

 

Prefeitos de capitais, como São Paulo e Rio, também revogaram reajustes nas passagens de ônibus e metrô, em decisões que contaram com o estímulo do Planalto.

 

EFEITO MALÉFICO

 

Moacir Duarte, presidente da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias), disse que os governos estão mostrando preocupação em não quebrar os contratos, concedendo outras formas de compensação às concessionárias. Mas, para ele, o efeito é maléfico para futuras concessões.

 

“Para estrangeiros e novas empresas, acende um sinal amarelo”, afirmou Duarte.

 

Segundo a equipe econômica, esses recuos foram politicamente necessários, mas geram incerteza e aumento do risco de futuros negócios.

 

O investidor, lembra um assessor, pode ficar inseguro com a rentabilidade de seu futuro negócio caso avalie que as regras de reajustes de preços de seu contrato possam ser desrespeitadas por causa de pressões políticas.

 

Por: VALDO CRUZ e DIMMI AMORA
(Fonte: Folha SP)

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