SÃO PAULO E RIO
A tarifa na capital paulista está congelada em R$ 3 há dois anos. Desde então, o IPCA, índice usado na correção, já acumula alta de 11,84%. Se fosse integralmente aplicado, a tarifa iria para R$ 3,36.
Haddad disse que a tarifa só será corrigida em maio ou junho. O valor não foi definido, mas não será maior que a inflação acumulada, disse.
Para manter o preço congelado, ele precisa subsidiar o sistema.
O Orçamento da prefeitura paulistana para 2013 prevê R$ 660 milhões de subsídios, mas Haddad já sabe que o valor não será suficiente. Haddad terá de gastar ao menos mais R$ 150 milhões além do valor orçado. Assim, o subsídio em 2013 pode ficar próximo do recorde, de 2012: R$ 960,7 milhões.
Além do congelamento da tarifa, Haddad terá de bancar a criação do Bilhete Único Mensal, sua promessa de campanha, que deve custar cerca R$ 400 milhões ao ano. A ideia é implantar o programa até meados do ano.
Também até o meio do ano a prefeitura tem de licitar a substituição das empresas de transporte. Haddad disse que, se a licitação permitir redução do custo, a tarifa pode subir menos que o previsto.
No Rio, quando Paes reuniu-se com Mantega, no fim de dezembro, a correção (5,5%) e a tarifa (R$ 2,90) já tinham sido anunciadas e entrariam em vigor em 1º de janeiro. O ministro pediu que o prefeito postergasse o reajuste da tarifa porque muitos reajustes e pagamentos de tributos se concentram no começo do ano. Não há nova data prevista.