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Com economia de 33% em licitações, governo de Goiás divulga balanço do projeto Claque Retomada Cultural


Evento ocorreu na manhã desta segunda-feira (10/7), no Jardim das Jabuticabeiras do Palácio das Esmeraldas

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) recebeu, na manhã desta segunda-feira (10/7), no Jardim das Jabuticabeiras do Palácio das Esmeraldas, a prestação de contas do programa Claque Retomada Cultural. O grande destaque do balanço é a economia de 33% nas licitações da iniciativa, promovida pelo governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Retomada, em parceria com o Sesc Goiás para beneficiar profissionais, empresas e artistas goianos, do setor de arte, cultura e eventos, prejudicados pela crise financeira decorrente da pandemia da Covid-19.

Na ocasião, Caiado exaltou a parceria com o Sesc e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), para a realização do projeto. “Nós estamos recebendo das mãos do nosso parceiro, Marcelo [Baiocchi] um retorno de R$ 6 milhões e 700 mil reais. Nós depositamos R$ 15 milhões, estamos recebendo a metade e funcionou maravilhosamente bem, tudo pago”, declarou.

O governador estabeleceu um paralelo com gestões anteriores para mostrar o sucesso da iniciativa. “Só para relembrá-los, quando eu entrei no governo eu paguei R$ 76 milhões de dívidas atrasadas de projetos culturais que foram feitos e não foram quitados. Agora, além de quitarmos, a Fecomércio, em parceria com a Retomada do Governo de Goiás, faz todo esse levantamento maravilhoso, detalhado e ainda devolvem R$ 6,7 milhões. Então vocês vejam quando o dinheiro é bem cuidado. Aqui não tem nada atrasado. Quem montou o palco, quem botou o som, quem serviu a comida, o artista que chegou, a equipe toda, todo mundo foi pago e nós ainda estamos recebendo esse valor em troca. Isso é muito importante para o nosso Estado de Goiás, essa parceria”, detalhou.

Na ocasião, o governador garantiu a continuidade do programa para o ano que vem. “Vamos continuar. E todos os anos nós vamos buscando essas ações compartilhadas do Governo de Goiás, com a Retomada, com o Sesc, com o Fecomércio. Nós vamos buscar tudo isso”, assegurou.

O presidente da Fecomércio, Marcelo Baiocchi, classificou o balanço como muito positivo. “O Claque nasceu da ideia, durante a pandemia, de a gente poder ajudar na retomada das atividades. Vimos que a área da cultura era uma área muito sacrificada, porque não podia fazer shows, não podia fazer apresentações, esses artistas estavam em casa sem poder faturar. Depois da primeira edição, nós então, nos unimos à Secretaria de Retomada e da Cultura e fizemos um investimento de R$ 21 milhões na área cultural. Então nós conseguimos fechar com chave de ouro, fizemos 900 apresentações, impactando 1.3 mil artistas e pudemos, durante 90 dias, fazer a maior atividade cultural do Brasil nesses últimos anos. Com certeza, o resultado do Claque do final de 2022 e início de 2023, para nós, não teve nada que não foi alcançado dentro do que projetamos”, descreveu.

Leopoldo Veiga Jardim, diretor regional do Sesc-Senac Goiás, pondera que o projeto lança holofotes sobre os artistas goianos. “Esse projeto, além de democratizar a cultura, está ajudando a formar plateia. Os goianos estão aprendendo a conhecer a arte goiana, passando frequentar os espaços culturais, conhecendo os músicos, as artes plásticas, a dança. Nós temos uma potência cultural em Goiás extraordinária que já é explorada, mas o que nós fIzemos? Demos mais holofotes, mais palco, mais plateia para esses artistas. Por isso o nome Claque, somos nós, Sesc, junto com a Retomada, aplaudindo esses artistas”, reiterou.

Eficiência e economia
Ao Diário de Goiás, o secretário da Retomada, César Moura destacou a eficiência e a economia como os principais dados sobre o Claque, que movimentou a capital e sete cidades do interior. “A gente teve uma economia de 33% nas licitações que foram feitas, então esse recurso volta para a gente poder apoiar o setor cultural. Então, acho que o melhor resultado é esse, a entrega, a economia, a eficiência com o recurso público que foi utilizado nesse evento cultural”, aponta.

De acordo com o titular da Retomada, foram economizados recursos principalmente em gastos com licitações de palco, de estrutura e de passagens de som. O secretário ressalta que o Claque não foi feito apenas pelos artistas, mas por toda a cadeia produtiva do setor musical e de eventos.

“Quem montava o evento, quem passava a parte de som, todos esses tiveram um olhar específico. Quem chegava para algum show, em qualquer uma das sete cidades, encontrava a melhor qualidade de som e melhor estrutura de camarim para receber os artistas goianos”, pontuou César Moura.

Sucesso de público
O projeto Claque Retomada Cultural promoveu 900 apresentações culturais entre dezembro de 2022 e março de 2023 em Goiânia e no interior, em Luziânia, Itumbiara, Rio Verde, cidade de Goiás, São Miguel do Araguaia e Posse.

Para o secretário da Retomada, a realização do evento em dezembro, janeiro e fevereiro é muito importante, pois é um momento em que os artistas goianos não tem tanta visibilidade e não tem muito trabalho. “A gente movimentou essa categoria cultural nesse momento que eles precisam mais”, reforçou.

César Moura relembrou ainda, a importância da iniciativa no pós-pandemia, durante o ano passado, quando o setor aguardou os recursos da Paulo Gustavo e Aldir Blanc que não vieram. De acordo com o secretário, o Claque veio para cumprir a lacuna dos recursos federais que não foram disponibilizados, caso contrário, não haveria nenhum apoio ao setor cultural no final do ano.

Moura também comemorou a grande presença de público durante o projeto. “Foi uma crescente. A gente começou em Luziânia, bem pouco público, meio inibido. E terminamos com todas as cidades lotadas. Em Goiânia, da mesma forma. Em dezembro começou um pouco mais devagar e, durante janeiro, tivemos teatros lotados, fim de ingressos, mudanças às vezes de atração que ia ser no Teatro Sesc para o Teatro Goiânia, porque a demanda estava grande. Então eu acho que o público abraçou a categoria, os eventos e tem tudo pra ficar”, afirmou.

Pagamento dos artistas
César Moura destacou que Goiás agora tem credibilidade perante os artistas porque eles recebem assim que terminam as apresentações e entregam as notas. “O governador já tinha pago todos os atrasados das gestões anteriores, e agora a gente trouxe uma nova política, que é fazer edital com dinheiro, fazer eventos com artistas recebendo na hora. E a parceria com o Sesc nos ajuda a acelerar esse pagamento para ser mais rápido e mais eficiente, para que a pessoa saia do palco sabendo que recebeu”, alegou.

O secretário classifica a parceria com o Sesc e com o Sistema Fecomércio como exitosa. “Desde a primeira parceria que nós fizemos no Fica [Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental], quando eu estava na secretaria de Cultura ainda, a gente teve economia de recursos. Depois a gente fez parcerias de vários shows juntos e agora no Claque mostrou que a eficiência é a economia. Eu acho que a gente vê um evento com 33% de economia nas compras, nas licitações, a gente tem que valorizar. E a parceria com o Sesc, não nos cobra taxa de administração. Além de não nos cobrar, ela coloca recursos. Então dos R$ 15 milhões eles colocaram mais R$ 5 milhões. Foram R$ 20 milhões no efeito. É uma parceria exitosa que a gente tem que cuidar dela para que continue cada vez mais”, ressaltou.

Continuidade do projeto Claque Retomada Cultural
Em relação à continuidade do programa, César Moura acredita que, dados os números de economia e público, o projeto volte a ser realizado, movimentando o setor cultural no fim de dezembro. O secretário ressalta ainda que, em Goiânia, os teatros estiveram lotados quase todos os dias e o público gostou da movimentação.

“[Sobre] a questão da continuidade do programa, eu brinco com o presidente Marcelo Baiocchi e com o governador, que agora a gente entregou um problema para eles. É o sucesso do evento, a movimentação na época. Agora temos que sentar e ver como a gente consegue encaixar. Eu brinco muito que a gente ocupou o Sesc totalmente com essa movimentação, com essa licitação gigante que foi feita. Eu falo que são ‘vítimas’ do sucesso do evento. Todas as cidades estão pedindo mais, os prefeitos estão pedindo, e a categoria que vai estar aqui hoje, o setor cultural, o que quer, novamente, principalmente, nessa época, de janeiro, fevereiro, que é uma época que eles precisam bastante”, frisou.

Falta de qualificação na preparação dos projetos culturais
A respeito dos questionamentos sobre a falta de investimentos em lazer, entretenimento e cultura por parte do poder público, César afirma que o problema também vem da falta de qualificação para produção dos projetos que vão concorrer aos editais, os quais exigem toda uma preparação em termos de documentação.

“Eu acho que a gente tem que dar um pouco de olhar e ver o que é que está acontecendo de fato. Eu te digo, na cidade de São Miguel, do Araguaia, nós tivemos R$ 500 mil para cachês, da região lá. Foram distribuídos R$ 300 mil, faltaram R$ 200 mil. Então a gente verificou que faltou documentação. Nossa equipe foi na rádio, atendendo as pessoas que não ganharam para entender. Faltava um documento ou outro. Eu acho que a gente tem que, um trabalho que começou lá em 2021, de melhorar a qualificação dos fazedores de cultura, qualificação no sentido de saber fazer os projetos e concorrer aos editais. A gente precisa voltar a fazer isso, porque a gente sentiu no Claque de novo que faltou, às vezes, um documento, uma escrita certa para eles poderem ter acesso. E como é um recurso que vem carimbado do Tesouro, tem que cumprir todos esses ritos para poder ser entregue”, disse.

Para o secretário, a evolução na qualificação pode, inclusive, auxiliar o setor cultural a ter acesso às leis federais de incentivo, como as leis Paulo Gustavo e a Lei Aldir Blanc, assim que disponíveis. Segundo César Moura, serão mais de R$ 100 milhões em recursos, para os quais essas pessoas precisam estar preparadas.

“A Secretaria de Cultura está fazendo um trabalho, primeiro para os municípios solicitarem o recurso deles, que eles vão estar mais próximos da realidade e levar a qualificação para todos. O que a gente espera é que o recurso venha. Ano passado a gente ficou esperando e o recurso não veio, tanto que soltamos o Claque para poder tampar essa necessidade da retomada para os artistas naquele momento. Então, a gente espera que o recurso venha. E estamos bem aflitos também do que serão as leis de cultura após a reforma tributária. A gente também quer trazer uma luz para cá, que seja clara e não fique nas promessas, como hoje a gente está vendo no texto que foi aprovado”, concluiu.

(Fonte: Diario de Goias)

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