Ao todo, 19 pessoas foram indiciadas, entre elas Marcos Divino e sua mulher, Paulina Aparecida Duarte de Souza (proprietários da G8); Júlio Manfredini e Daniel Manfredini (donos da Capricórnio); e Wilson Makoto Yoshida, Cristina Inumaru Yoshida, José Lemes dos Santos, Pedro Bresciani e Claudiane Mandelli (representantes da Byd e de outras empresas).
Pelo relatório do Ministério Público do Paraná, Marcos Divino, Júlio Manfredini e Daniel Manfredini convenceram Wilson Makoto Yoshida para entrar como figurante em processos licitatórios para fornecimento de material escolar. Na prática, Yoshida oferecia um preço previamente combinado maior do que os apresentados pelo bando como forma de assegurar vitória no pregão público, simulando uma concorrência. O cartel, que também envolvia agentes públicos, inflacionava os produtos adquiridos por municípios.
OUTRO ESQUEMA
No domingo, o Diário revelou que três atas de registro de preços da Prefeitura de São Bernardo foram utilizadas pelo grupo para um amplo esquema em Londrina. Os documentos embasaram o então prefeito da cidade paranaense, Homero Barbosa Neto (PDT), a dispensar licitação para compra de material escolar. Chamada de ‘carona’, a metodologia é condenada por órgãos de controle de administrações públicas.
O ex-prefeito confessou ter recebido propina dos empresários para garantir contrato com a G8 e a Capricórnio – juntas, elas receberam R$ 6,4 milhões num dos contratos. Auditoria do MP local apontou desvio de R$ 3,1 milhões, decorrentes de superfaturamento dos produtos.
Assim como na reportagem de domingo, o governo Marinho não comentou o assunto.
Por: Raphael Rocha
(Fonte: Do Diário do Grande ABC)