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Brasília é espelho da diversidade cultural

Qual vai ser o grande palco de comemoração do aniversário de 52 anos de Brasília?

Eu diria que nos fizemos uma opção de governo. No ano passado, fizemos a festa popular em torno da reivindicação de sediarmos na capital do país a abertura da Copa do Mundo. Nossa mensagem foi: a Copa começa aqui. Este ano fizemos uma escolha de girar em cima de uma espinha dorsal: a 1ª Bienal do Livro e da Leitura. Ao longo de sua campanha, o governador Agnelo Queiroz assumiu com a sociedade um conjunto de compromissos, entre eles o de converter Brasília na capital do livro e da leitura. Ele alargou esse objetivo fixando a meta de que, até o final do mandato, vamos declarar livre do analfabetismo a Capital da República Federativa do Brasil, a sexta economia do mundo.

Como a Bienal se insere nesse contexto?

Quem combate o analfabetismo tem que oferecer a sustentação para consolidar esse objetivo. Não basta que as pessoas saibam assinar nomes: é preciso que elas adquiram o hábito da leitura. E não apenas no suporte antigo do livro impresso, mas buscando as diferentes formas de leitura. Então, Brasília iniciou ontem as festividades do seu aniversário na Esplanada dos Ministérios, com uma iniciativa que é inédita na cidade: a 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura. Trabalhamos com o livro nas suas diversas formas, lembrando que ele é símbolo do esforço da humanidade de produzir e reproduzir suas sensibilidades culturais, sua relação com a natureza e com a sociedade. O livro encarna, materializa isso.

Mas a Bienal não ficará restrita aos livros…

Não. Ela se articula com outras linguagens, como o circo, o teatro, a dança, a música. Vamos ter as atividades ao longo desta semana e, no fim da semana, de 20 a 22, nós vamos dar um peso maior, com palcos abertos aos artistas da cidade, em primeiro lugar. Ao longo dessa última semana, uma comissão examinou as propostas de mais de 200 grupos artísticos brasilienses que se credenciaram para participar do chamamento público feito pela Secretaria de Cultura. Nós extraímos desse conjunto algo em torno de 75 grupos culturais e artistas que convidamos, vindos de outros lugares do Brasil. Temos mantido o nosso compromisso republicano com a economia da cultura no Distrito Federal e com os talentos que Brasília produz para que a gente possa abrir espaços para que esses artistas expressem sua criatividade e talento nas diversas linguagens.

Para quem ainda não visitou a Bienal, como está a estrutura?

Temos palcos para a juventude, a música gospel, as culturas populares e para grandes espetáculos de música, em que nós vamos trazer o Capital Inicial, que é um produto de Brasília e daquilo que se pôde absorver das outras experiências estéticas nessa linguagem do rock, além de um artista convidado, que é o Caetano Veloso. E por que o Caetano? Porque estamos trabalhando com músicos que também escrevem. Ou seja, para trabalhar essa interseção entre a palavra cantada, escrita, falada. Esse é o espírito dessa festividade. Oferecemos uma festa popular em torno dessas possibilidades fantásticas que o livro traz consigo e, ao mesmo tempo, chamando para o diálogo com as diferentes linguagens estéticas.

O aniversário de Brasília será, então, um dos pontos altos da política de incentivo ao livro e à leitura, e de fim do analfabetismo?

Eu diria que é importante para a gente alcançar esse objetivo. Não podemos trabalhar com o pensamento, a reflexão, o debate e deixar de lado o lúdico, o prazeroso. Queremos associar essas duas dimensões, porque elas são essenciais. Não podemos nos aproximar do livro como se fosse uma obrigação. Queremos nos aproximar do livro com prazer. Por isso, estamos homenageando, dentro da Bienal do Livro e da Leitura, a figura do Ziraldo, que é absolutamente exemplar de inteligência, criatividade e humor brasileiro. Uma pessoa que desempenha há décadas um serviço inestimável para aproximar as crianças e a juventude da leitura, por meio do texto e do desenho, porque ele acabou se convertendo ao longo da vida num mestre nestas duas artes. Ao mesmo tempo, vamos homenagear o primeiro prêmio Nobel negro da história desse prêmio, que é o nigeriano, Wole Soyinka.

Por que essa homenagem?

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