Município vai na contramão da crise econômica que atinge o Brasil há tempos e cresce a passos largos, gerando emprego e qualidade de vida
Nos próximos sete meses, a Prefeitura de Mogi das Cruzes entregará e lançará obras avaliadas em mais de R$ 502 milhões. O setor de Mobilidade contará com o maior índice de investimentos: R$ 244 milhões, com a construção, por exemplo, da avenida das Orquídeas. Os setores de Infraestrutura e Habitação, somam R$ 194 milhões em obras. Em seguida, aparece a Educação, com R$ 37 milhões. A Saúde contará com R$ 12 milhões. Além das obras em execução, a prefeitura mantém R$ 13 milhões para projetos em licitação.
O município vai na contramão da crise econômica que atinge o Brasil e cresce a passos largos, gerando emprego e qualidade de vida. Para o prefeito Marco Bertaiolli (PSD), existem dois “Brasis”, o vivido em Brasília e o real, que é o dos milhões de brasileiros e dos quase 500 mil mogianos.
Mogi News: Quantas obras estão em andamento em Mogi?
Marco Bertaiolli: Temos neste momento 34 obras sendo executadas, chegando a R$ 500 milhões de investimentos. Existem Estados brasileiros que não têm este desempenho. Estamos colhendo hoje os frutos de um planejamento de sete anos. A obra da avenida das Orquídeas, por exemplo, consumiu seis anos de trabalho. O resultado é o maior investimento que Mogi já teve em um período de mandato. O Avança Mogi prevê R$ 1 bilhão em obras, faltam R$ 500 milhões.
MN: E a Educação?
Bertaiolli: Tínhamos o compromisso de fazer 65 creche-escolas. Implantaremos 66 unidades para não restar dúvidas. A 58ª creche foi inaugurada na última sexta-feira, no Jardim Margarida, e a 59ª está pronta na avenida Kaoru Hiramatsu. Além disso, temos uma em construção na Granja Anita, outras na Kaoru, Jardim Santos Dumont, Vila Nova Aparecida, Residencial Pedra Branca, Chácara Guanabara e Jardim Aracy. Este é um conjunto de obras que dá um novo desempenho para a Educação em Mogi e demonstra em números que esta é a prioridade em nossa administração.
MN: Mogi ganhará mais um Centro Municipal de Programas Educacionais (Cempre)?
Bertaiolli: O 6° Cempre de Mogi está em construção na avenida Kaoru Hiramatsu. Depois de pronto, ele será a maior escola de ensino fundamental da cidade, com 1,2 mil alunos atendidos. É um pacote de obras, todas em execução, com dinheiro em caixa ou através de financiamento. Faremos ainda, a reforma da escola Cláudio Abrahão e a construção da sede da Secretaria de Educação. Vamos concluir 2016 com 75 unidades de ensino. São quase dez por ano e uma a cada mês.
MN: Quais os investimentos na Saúde?
Bertaiolli: Quando assumi a prefeitura, em 2009, a cidade tinha 34 unidades de Saúde. Vou encerrar minha gestão com 68. O que a cidade construiu em toda a história eu construí em oito anos. Construímos, por exemplo, o Unica, o Hospital Municipal, o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Rodeio. Vamos entregar a Unidade Básica de Saúde (UBS) do Alto do Ipiranga, a ampliação da UBS de Biritiba Ussu, o Centro de Bem Estar Animal, a UPA da Kaoru, além de retomar a obra do Centro de Fisioterapia, construir um Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas (Caps-AD) e a Unidade de Acolhimento.
MN: Existem mais investimentos?
Bertaiolli: Estamos construindo o Parque da Cidade e reformando e ampliando o prédio da prefeitura, com a instalação de cinco elevadores. Vamos inaugurar ainda 1,4 mil apartamentos do “Minha Casa, Minha Vida” na Kaoru e 600 unidades na avenida Maurílio de Souza Leite. Além disso, estamos duplicando a avenida Kaoru Hiramatsu, recapeando as avenidas de César de Souza e construindo uma nova avenida no Mogilar. Iniciamos a construção da avenida das Orquídeas, o esgotamento sanitário do Botujuru, a rede de abastecimento da Vila Moraes e o Residencial Itapeti está sendo completamente pavimentado. Por fim, existe a passagem subterrânea na praça Sacadura Cabral, uma obra gigantesca.
MN: E os projetos em licitação?
Bertaiolli: Nos próximos dias vamos iniciar as obras da Estação de Cultura, nos galpões cedidos pela CPTM, a reforma do Casarão da Coronel Souza Franco, que será um museu, e estou aguardando envio de R$ 10 milhões para pavimentação de Jundiapeba. Existem recursos para todas as obras.
MN: Qual o balanço do Avança Mogi?
Bertaiolli: Do plano Avança Mogi, já entregamos R$ 500 milhões em obras e outros R$ 500 milhões estão sendo investidos. Nunca se investiu tanto em Mogi em um período tão pequeno. Não tem nenhuma obra parada em Mogi. Essas construções geram uma média de 4 mil empregos. A cidade não tem problemas, é o governo federal que tem. Ele criou esta situação e está arrastando todos com ele. Mogi tem tocado a vida em frente e estamos mostrando isso em números.
MN: O que é preciso para conquistar tantas obras?
Bertaiolli: A primeira coisa é não se acomodar. Nunca fiquei parado na Prefeitura. Se a pessoa é do PT ou PSDB, não me interessa, vou buscar solução. O maior exemplo disso é o Hospital Municipal, que tem recursos dos governos federal, estadual e municipal. Este é um modelo de integração de políticas, é o diferencial de boas parcerias e planejamento. Neste último ano estou trabalhando como nunca, não posso deixar o café esfriar, sou o primeiro a chegar e o último a sair.
MN: Quais as prioridades da sua gestão?
Bertaiolli: Saúde e Educação, mas contemplamos todas as áreas. Se pegar o plano de gestão das minhas duas administrações, todos estão 100% executados. Não deixei de construir uma obra que tenha prometido. A cidade é viva. O que era necessário em 2009 cresceu muito. Exemplo é a Educação: saímos de 31 mil alunos para 45 mil na rede municipal.
MN: Como vê a Mobilidade?
Berraiolli: Construímos a avenida Yoshiteru Onishi, duplicamos a Mogi-Guararema, fizemos o complexo Julio Simões, duplicamos a avenida Kaoru Hiramatsu, iniciamos a construção da avenida das Orquídeas e da passagem subterrânea, sem contar as obras menores. Superaram muito nossas expectativas, não teríamos condições de ter tantas construções. Isso foi possível com muito dinheiro de fora. A melhor coisa é que consegui formar uma boa equipe em todas as áreas. O Gilberto Kassab (PSD) também assumiu o Ministério das Cidades em um período importante, o que viabilizou o repasse de verbas.
MN: Qual será o maior desafio para seu sucessor?
Bertaiolli: Mogi sempre teve bons prefeitos e espero que meu sucessor pegue a cidade do ponto que a deixarei e avance. O grande desafio da próxima administração, diante desta crise, é custear o financiamento dos serviços públicos. Com a crise, estamos aumentando o serviço público, mas a arrecadação está caindo.
MN: Qual o diferencial de Mogi?
Bertaiolli: Estamos na contramão do Brasil. Mogi está crescendo, se desenvolvendo, gerando empregos e alternativas de investimentos. Este grande trunfo da cidade não é de agora, são seis anos de planejamento e estamos colhendo os frutos. O grande avanço será entregar o maior número de obras possíveis até o fim do ano. O primeiro túnel da passagem subterrânea, por exemplo, será entregue em dezembro, o segundo ficará para dezembro de 2017, mas o dinheiro já está em caixa.
MN: Qual será seu próximo destino?
Bertaiolli: Não temos nenhum deputado federal de Mogi. Este vácuo, que foi deixado pelo Valdemar Costa Neto (PR) e o Junji Abe (PSD), é importante, pois é a primeira vez, desde a redemocratização, que Mogi fica sem representante na Câmara Federal.Vou me colocar à disposição. Entendo que este é meu caminho natural.
MN: E seus livros?
Bertaiolli: Estou me dedicando a escrever livros sobre gestão pública. Estamos trabalhando para que os dados da minha administração possam ser exemplos. Estou escrevendo sobre sistema de Educação, Saúde e Gestão Empreendedora. O livro sobre Saúde já foi publicado e farei o lançamento nos próximos dias em Mogi. O PSD adquiriu os livros para usá-los como bandeira para o partido e modelo para área da Saúde. Vou voltar a fazer palestras.
MN: E o apoio ao Junji Abe?
Bertailli: O Junji já se definiu como candidato do PSD. Ele confirmando candidatura nas convenções, passa a ser meu candidato. Ele tem prerrogativa por sua vida política. Acredito que teremos um ano muito difícil em questão de recursos. O Junji sabe como tudo funciona e vai manter a cidade em ordem. Em relação ao secretariado, espero que o mantenha, pois é uma equipe renovada.
MN: Quem receberá seu apoio para a Câmara?
Bertaiolli: Vou apoiar os candidatos do PSD e dos partidos coligados. Estou à disposição para ajudar o Cuco (Antonio Cuco Pereira – PSDB), que é meu amigo e meu vice-prefeito por oito anos. Esta eleição será muito difícil, pois será mais curta, terá vantagem quem já for conhecido.
MN: Como é deixar a prefeitura?
Bertaiolli: Dói muito. Gosto de ser prefeito, adoro fazer o que faço. Se pudesse, seria candidato de novo. Vou sentir muita falta, mas o que me tranquiliza e conforta é que foram oito anos muito bons, em que ninguém conseguiria fazer mais investimentos como nós. A cidade me reconhece e este é meu patrimônio.
(Fonte: Seculo Diario)