Cobrança. Nesse quesito, o governo cobra desde o fim do ano passado uma definição mais rápida por parte da Fifa dos locais aptos a receber os atletas entre uma partida e outra. Consequentemente, parte considerável do público do evento também passará por esses lugares. A lista preliminar da entidade que comanda o futebol trazia 145 localidades pré-selecionadas.
Responsável pela implantação de toda essa parafernália, a Telebrás precisará lidar com as exigências dispondo de um orçamento de R$ 200 milhões, dos quais pelo menos R$ 20 milhões estão programados para depois da Copa. A intenção do governo é desmontar parte da exagerada estrutura após o mundial, levando o que for possível para outras cidades de grande porte que não estão no evento.
Curiosamente, a parte mais adiantada pelo governo diz respeito exclusivamente aos investimentos privados, das operadoras de telecomunicações que serão as responsáveis por atender o público na Copa. O primeiro passo foi a licitação em outubro do ano passado de quatro posições orbitais para satélites, que reforçarão a capacidade de transmissão do País, sobretudo na região Norte.
Para abril, está previsto o lançamento do edital para o leilão da telefonia de quarta geração (4G), que terá de atender turistas e moradores nas cidades da Copa. Nesse caso, o orçamento não deve ser problema.
Os investimentos previstos ultrapassam os R$ 20 bilhões por ano – 100 vezes mais que a Telebrás em quatro anos. E há a prometida desoneração para a construção de redes de fibras ópticas que, segundo o governo, um dia ainda sai.
Por: EDUARDO RODRIGUES / BRASÍLIA
(Fonte: O Estado de S.Paulo)