O IBP é uma organização que agrega mais de 200 empresas de petróleo no Brasil. Quem ocupa a presidência do seu conselho de administração é Maria das Graças Foster, presidente da Petrobras.
“O governo pode vetar parcialmente e liberar a rodada, mas (o leilão) ainda não é certo. É preciso esperar alguns dias para vermos o desfecho”, acrescentou De Luca.
Segundo ele, não cabe ao IBP julgar o mérito da proposta aprovada pela Câmara.
“Nós queremos que as novas rodadas de licitação de blocos de petróleo sejam viabilizadas e queremos a melhor solução, sem questionar o mérito”, disse ele.
A divisão dos royalties não impacta o caixa das companhias, uma vez que elas teriam que pagar os valores de qualquer forma, independentemente da disputa entre Estados e municípios produtores com não produtores.
O governo anunciou em setembro que os leilões de blocos exploratórios deveriam ser retomados em 2013. A 11a rodada de licitação está prevista para o mês de maio do próximo ano, e o primeiro leilão de áreas do pré-sal, sob o regime de partilha, tem previsão para ocorrer em novembro.
Ambos os leilões, porém, foram condicionados na época à aprovação, pelo Congresso, das novas regras para o recolhimento de royalties do setor. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ao fazer o anúncio da retomada de licitações que, mesmo a 11a rodada, que será realizada pelo modelo antigo, o de concessão, poderia provocar questionamento judicial sem a aprovação do projeto de redistribuição dos royalties.
Nesta quarta-feira, no entanto, após a derrota sofrida na Câmara, o governo –que não queria mudanças na divisão dos royalties de contratos antigos–, minimizou o risco para as rodadas.
Segundo a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, a aprovação do polêmico projeto e a ameaça de contestações judiciais não significam um risco para os leilões de áreas petrolíferas da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
As empresas de petróleo aguardam por novos leilões há mais de quatro anos.
Sem leilões nos últimos anos, a área exploratória de petróleo no Brasil deverá registrar até o final do ano uma queda de 66 por cento em relação ao que era há quatro anos, segundo estudo recente do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
A 11a rodada deverá levar a leilão 174 blocos exploratórios, a maioria em terra.
Por: Leila Coimbra
(Fonte: Reuters Brasil)