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Ampliação do Sistema Rio Manso é antecipada por causa da seca

A prefeitura adiou a licitação para obras de tratamento de fundo de vale e controle de cheias na bacia do Córrego do Nado

Obras de ampliação do Sistema Rio Manso, responsável pelo abastecimento de 18% dos bairros de Belo Horizonte e de 28% da Região Metropolitana, foram antecipadas em seis meses por causa da estiagem prolongada. A afirmação partiu do presidente da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Ricardo Simões Campos.

 

Segundo ele, os reservatórios estão operando abaixo de 30% da capacidade já esperada para o período de seca. Já o Rio das Velhas teve o nível praticamente recuperado pelas últimas chuvas.

 

A Copasa já aumentou a produção média de água em 5%, chegando ao seu nível máximo. A expansão do Sistema Rio Manso, antes previsto para 2015, teve que ser colocado em prática mais cedo para atender a demanda.

 

“Quando nós identificamos que estava com a possibilidade de período de estiagem, as chuvas não vieram em janeiro e fevereiro da forma como estada previsto, nós então buscamos fazer  com que essa  adutora pudesse entrar o mais cedo possível. A obra estava para ser concluída em março do ano que vem. Nós antecipamos. A expectativa é aumentar a capacidade de abastecimento do Sistema Rio Manso em 10%”, explicou.

 

Esta adutora de 4,5 Km de extensão será ligada ao sistema neste sábado, deixando cerca de 1,6 milhão de pessoas sem água. A expectativa é que o abastecimento seja normalizado no domingo (2). Bairros das regiões Noroeste, Norte, Sudoeste e Sul de Belo Horizonte, além de Betim, Contagem, Ibirité, Igarapé, Mário Campos, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, São Joaquim de Bicas, São José da Lapa, Sarzedo e Vespasiano vão sofrer corte de fornecimento.

 

Mesmo com a antecipação da obra, orçada em R$ 500 milhões através de parceria público-privada entre Copasa e o Grupo Odebrecht, o presidente descarta a possibilidade de racionamento e desabastecimento. De acordo com ele, casos de falta d’água apontados por moradores da capital de da Região Metropolitana são pontuais, provocados por falhas na rede ou pela demora da recuperação de abastecimento causada por excesso no consumo. “Não há motivo para apavoramento. Mas não podemos relaxar”, disse Ricardo.

 

Barragens

Segundo o presidente da Copasa, o longo período de estiagem deve provocar mudanças na gestão da água. “Nós temos que repensar alguns conceitos que vinham sendo sustentados, por exemplo com relação a questão do armazenamento de água. nós vínhamos sustentando um conceito em que vinha nos levando a evitar a construção de barramentos, que com certeza tem impactos ambientais  sérios, mas que nós vamos ter que começar a rever isso. A água da chuva precisa ser armazenada”.


Fiscalização

O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, descartou que haja qualquer discussão sobre orientação ou multa destinada às pessoas que forem flagradas desperdiçando água na cidade. Para ele, não há como fiscalizar tais ações. “Seria uma medida de difícil aplicação. Importante é a conscientização mesmo”. Porém, o prefeito não acredita que campanhas sejam muito eficazes. “Campanha [de conscientização] eu acho que não funciona muito. É uma coisa do dia a dia mesmo, a imprensa ajudando a alertar as pessoas”, completou.

 

Obras de prevenção de enchentes

A prefeitura adiou a licitação para obras de tratamento de fundo de vale e controle de cheias na bacia do Córrego do Nado [sub-bacias dos córregos Lareira e Marimbondo], nos bairros São João Batista e Santa Mônica, sob jurisdição da Secretaria de Administração Regional Municipal Venda Nova. Segundo a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, a concorrência seria realizada nesta quarta-feira (29). De acordo com a prefeitura, ajustes no projeto ainda devem ser feitos. “A verdade é que nós nunca conseguiremos, quando eu digo ‘nós’ é a humanidade, ter obras capazes de evitar 100% das inundações. Inundações sempre vão existir, seja na natureza seja nas regiões urbanas”, disse o prefeito Márcio Lacerda. “Nós investimos na nossa gestão até agora, em obras prontas, cerca de R$ 500 milhões de reais, tem mais R$ 500 milhões em andamento e tem mais R$ 1,2 bilhão em obras a serem iniciadas, já com licitações em andamento em projetos aprovados do Ministério das Cidades e etc”, completou.

 

(Fonte: CBN Foz)

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