Vale lembrar que, em um processo, a Rápido São Paulo pede na Justiça cerca de R$ 20 milhões referentes a perdas financeiras por conta do não reajuste de tarifas em determinado período.
Com isso, a Rápido São Paulo, que tem a concessão das linhas de transporte coletivo em Rio Claro há mais de dez anos, deverá ser declarada a vencedora de uma das licitações mais demoradas e tumultuadas dos últimos anos. A empresa é comandada pelo empresário João Carlos Kenji Chinen.
O assunto é tema de parte de uma denúncia feita na Câmara que ensejou a instauração de uma Comissão Processante que pede a cassação do mandato de Du Altimari e de sua vice Olga Salomão.
O caso também é tema de um inquérito policial, aberto pela Polícia Civil, que apura uma possível supressão de documentos.
Com essa decisão, tomada dentro da legalidade, segundo avaliação de fontes ligadas ao alto escalão da prefeitura, Altimari e Olga apostam em minar as motivações para o prosseguimento da Comissão Processante, bem como do inquérito policial.
A investigação policial ocorre a pedido do Ministério Público. Entre os interrogados está o presidente local do PHS, André Miranda, autor da representação protocolada na Promotoria e da denúncia que motivou a Câmara Municipal de Rio Claro a instaurar Comissão Processante, que foi reiniciada nesta quarta (26).
Problemas na licitação foram apontados em questionamentos na Justiça e em depoimentos na polícia, o mais bombástico deles de Pedro Luiz Soares, que foi exonerado da presidência da Comissão Permanente de Licitação após recomendar ao prefeito a inabilitação da Expresso Infinity.
Em agosto deste ano, o desembargador Osni de Souza determinou que cabe à Comissão Permanente de Licitação (CPL), obrigatoriamente, retomar o processo suspenso em junho. Nesta licitação, duas empresas disputam o serviço: Rápido São Paulo, atual concessionária, e Expresso Infinity, de São Paulo. A decisão do prefeito em acatar a determinação veio dois meses depois.
Nas diversas entrevistas em que falou sobre o assunto, o prefeito Du Altimari sempre disse que a abertura da licitação do transporte coletivo em Rio Claro seguia uma determinação do Tribunal de Contas do Estado e que sua administração era corajosa em abrir a licitação para concessão das linhas de ônibus.
Por: Marcelo Lapola
(Fonte: Jornal Cidade)