O valor de todas as 564 obras da terceira fase que já estão em andamento – 45% do total da etapa – é de US$ 1,8 bilhão
Para governador, é possível ter passeios como os do Rio Sena, em Paris, em até três anos; só faltam tratamento da água e fim de cheiro ruim
Em três anos, o Rio Tietê terá passeios de bateau mouche como os do Rio Sena, de Paris, segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ontem, durante a apresentação de uma das 564 obras em andamento da terceira fase do Projeto Tietê, Alckmin disse que, com a conclusão dessa etapa de despoluição, prevista para 2015, as águas do Tietê estarão sem odor e já terão alguma vida aquática. Por isso, seria possível, segundo ele, que o curso das águas se tornasse um novo ponto turístico da cidade.
“Navegação já tem. Você pode pegar um barco e ir da barragem da Penha até Santana de Parnaíba (na Grande São Paulo) em razão da eclusa no Cebolão. O problema é tirar o odor, é tratar esgoto”, disse Alckmin. “Hoje, o odor é muito forte. Em 2015, já estaremos sem odor e, aí, a gente pode ter um bateau mouche, pode ter turismo, pode ter barco, e em poucos anos. O rio não estará oxigenado, mas já estará sem odor. Um bateau mouche no bom sentido, claro”, disse o governador, referindo-se ao acidente do dia 31 de dezembro de 1988, quando a superlotação e falhas na estrutura de uma embarcação causaram o naufrágio, minutos antes do Réveillon, na entrada da Baía de Guanabara, no Rio. Dos 153 passageiros, 55 morreram.
Segundo Alckmin, seria possível navegar o Tietê entre as Barragens de Pirapora do Bom Jesus e da Penha. Nesse ponto, deve ser construída uma nova eclusa, informou o governador. O projeto executivo está na Assembleia Legislativa.