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Água: audiência pública será hoje

No PDA, especialistas elaboraram, em nome da Hidrosan Engenharia, contratada por licitação para o estudo

Vereadores, representantes do DAE, da Promotoria Pública, de Piratininga e Agudos são esperados na Câmara às 17h

 

O diagnóstico contratado pelo município para o Plano Diretor de Água (PDA) será apresentado oficialmente em audiência pública convocada pela Câmara Municipal de Bauru, nesta quarta-feira, às 17h. No PDA, especialistas elaboraram, em nome da Hidrosan Engenharia, contratada por licitação para o estudo, o raio X do sistema de abastecimento e apontaram mudanças em procedimentos operacionais, de gestão e controle pelo Departamento de Água e Esgoto (DAE).

 

Conforme antecipou o JC em ampla matéria no último domingo, o Plano Diretor de Água (PDA) identifica problemas, mas aponta mudanças em todo o sistema, da forma como é realizada a captação de água na lagoa do Rio Batalha ao formato operacional do tratamento do líquido, passando pela distribuição, controle de pressão e controle de perdas no sistema. O arrebentamento da rede disparou no governo Rodrigo, com o índice de perdas saltando de 37,0% para 48,7% a partir de 2009, exatamente o início do atual governo.

 

O PDA analisa cada parte do sistema, sendo adutoras, ETA, os 34 poços e, no relatório final, dimensiona as ações a serem realizadas para enfrentar a crise de abastecimento.

 

Uma das soluções envolve a instalação de nova “lagoa” de  captação, a 22 km à jusante (abaixo da ETA), próximo do distrito de Tibiriçá, próximo da divisa com Avaí. Mas o PDA também condena ações como as péssimas condições estruturais da Estação de Tratamento de Água, erros e vícios operacionais e opção equivocada por ações mais caras, como a perfuração de novos poços na mesma área de influência de um equipamento já “esgotado”, ao invés da recuperação deste.

 

O PDA a ser debatido nesta quarta-feira na Câmara Municipal também chega no momento em que autoridades das diferentes instituições e empreendedores discutem formas e restrições ao parcelamento de solo ao longo da Bacia do Batalha.

 

Entre as ações cobradas pela comunidade, o prefeito Rodrigo Agostinho, com anos de atraso, prometeu agora contratar o Plano de Manejo da bacia do rio Batalha. O plano vai gerar o diagnóstico de fauna e flora e dar as diretrizes de flexibilização para ocupação na região.

 

Estações Elevatórias

 

A discussão no âmbito do Ministério Público também envolve a ocupação de área de proteção ambiental na bacia e a adoção de técnicas para destino de resíduos, como as Estações Elevatórias de Esgoto (EEE).

 

A discussão envolve diretamente o município de Piratininga, onde cinco EEE realizam a coleta e bombeamento de esgoto, despejados abaixo da atual lagoa de captação que serve a Bauru. De outro lado, o PDA aponta para “nova lagoa” do sistema Batalha também abaixo (jusante) da atual captação.

 

Bauru também vai instalar uma EEE, a sexta na área de abrangência do rio, conforme projeto executivo do programa de tratamento de esgoto, em andamento. A discussão engloba as ações e gestão sobre a bacia do rio em sua maior porção “fora” da “jurisdição” bauruense, o que reforça a necessidade de plano regional para o Batalha.

 

A discussão do Plano Diretor ainda engloba mudança na cultura de operação e gestão pelo DAE, conforme o prefeito Rodrigo Agostinho. O PDA aponta erros comuns, de operações básicas e de manutenção, em diferentes pontos do sistema, identifica contaminações e sugere soluções.

 

Pelo PDA, o Batalha vai continuar sendo a única opção de abastecimento por água de superfície em Bauru até 2024.

 

O Plano ainda identifica erros na sistemática de tratamento de água adotada pelo DAE, condena a passividade com vazamentos na rede e a ausência de ação para controle de perdas e controle eficiente de pressão no sistema e questiona a não utilização, por exemplo, de fontes complementares para produção de água no Batalha, como o córrego São José, que “desemboca” na lagoa do Batalha mas, segundo o relatório, não é utilizado desde 2004, apesar do agravamento da crise por água na lagoa de captação.

 

 

Principais pontos

 

A ETA Batalha permanecerá como única Estação de Tratamento de Águas superficiais para abastecimento público durante a vigência do Plano Diretor. Foi prevista sua reforma para recuperação da estrutura civil e modernização do processo de tratamento para que possa ser operada com vazão máxima de 550 litros por segundo.

 

O custo global para execução de todos os  investimentos está estimado em R$ 256, 6 milhões. As atividades foram divididas em etapas e a escolha da ordem de execução (curto, médio e longo prazo) levou em consideração as necessidades cronológicas, bem como minimizar a possibilidade de falta de água durante a execução dos serviços, conforme a assessoria de imprensa do DAE.

 

(Fonte: JCNet)

 

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