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AES Brasil pode disputar hidrelétrica Três Irmãos

O grupo AES Brasil demonstrou o interesse em disputar a licitação da usina Três Irmãos, cuja concessão não foi renovada pela Cesp.

O grupo AES Brasil demonstrou o interesse em disputar a licitação da usina Três Irmãos, cuja concessão não foi renovada pela Cesp. Embora pondere que ainda é preciso esperar a divulgação das condições do leilão pelo governo federal, o presidente do grupo Britaldo Soares, afirmou que pode fazer sentindo integrar a usina ao parque gerador da AES Tietê. “Teríamos muita sinergia”, destacou o executivo, lembrando que tanto a base da AES Tietê quanto a hidrelétrica estão localizadas no Estado de São Paulo.

 

O executivo assegurou que a AES Tietê tem uma operação bastante eficiente das suas usinas, tanto que é a única companhia da América Latina a deter a certificação PAS-55, que é um padrão estabelecido na Inglaterra para operação e manutenção dos ativos. “Realizamos a operação de todas as nossas usinas à distância a partir do nosso centro de operações em Bauru (SP)”, explicou Soares. “Com certeza, na hora em que fizermos as contas para o leilão, essa nossa condição irá pesar”, acrescentou o executivo, que participou nesta quarta-feira, 24, de evento que marcou a inauguração oficial do Centro de Operações da AES Eletropaulo.

 

A concessão de Três Irmãos expirou em novembro de 2011 e a Cesp tinha a oportunidade de renovar esse contrato por mais 30 anos. Porém, a estatal não concordou com os termos propostos pelo governo federal na Medida Provisória 579 e optou por não prorrogar o contrato. Por conta disso, o Ministério de Minas e Energia (MME) iniciou o processo de retomada da concessão da hidrelétrica com o objetivo de licitar o ativo para novos interessados.

 

Recentemente, o secretário-executivo do MME, Márcio Zimmermann, afirmou que a ideia do governo é a de licitar a usina em dois meses, ou seja, ainda nesse primeiro semestre. Na semana passada, o MME publicou um despacho com o Custo de Gestão dos Ativos de Geração (GAG) para cobrir os custos de operação e manutenção (O&M) da usina. A GAG, base para se calcular a remuneração de um ativo de geração “velho”, foi fixada em R$ 29,274 milhões, equivalente a uma tarifa de R$ 15,36/MWh.

 

Usinas praticamente amortizadas como Três Irmãos terão a energia vendida na forma de cotas de energia, que serão repassadas às distribuidoras pelo custo de O&M. Embora tenha evitado fazer comentários sobre o valor definido pelo MME para a GAG de Três Irmãos, o executivo afirmou que o sucesso em um leilão como esse depende da eficiência operacional dos interessados. “É um jogo de eficiência. O que se deve se levar em conta em um processo como esse é que tipo de sinergia se consegue ter com o ativo e que margem se obtém”, argumentou Soares.

 

Ontem, a AES Tietê opera nove hidrelétricas totalizando 2,65 mil MW de capacidade instalada, localizadas nos rios Tietê, Grande e Pardo. Já Três Irmãos tem uma capacidade de 805 MW, com uma energia assegurada (aquilo que pode ser comercializado) de 217,5 MW médios. Essa usina está localizada no rio Tietê.

 

Por: WELLINGTON BAHNEMANN
(Fonte: Estadão)

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