O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, afirma que o País não foi o único a enfrentar adiamentos. “Isso atrasou não só o programa nuclear brasileiro, mas também o de outros países. Quando há um acidente desse tamanho, questionam-se os procedimentos de segurança de uma usina nuclear”, afirmou. Para ele, ainda há espaço para o crescimento da participação da energia nuclear na matriz brasileira.
Guimarães acredita que o Plano Nacional de Energia 2035, aguardado ainda para o primeiro semestre deste ano, deva indicar a construção de mais usinas nucleares no País.
O plano anterior, cujo horizonte vai até 2030, previa no mínimo quatro. “Arrisco dizer que o plano de energia de 2035 deve ter mais unidades nucleares”, previu.
O governo já tem um mapeamento de áreas potenciais para a construção de plantas. Agora, espera-se a chancela do novo plano para que os estudos sejam aprofundados.
“Já temos a identificação de áreas candidatas em todo o território nacional. Conforme o que orientar o plano, vão ser selecionadas as áreas que serão submetidas a estudos mais aprofundados”, diz ele.
Enquanto não há definições sobre novos projetos, a Eletronuclear toca as obras da Usina Angra 3, no litoral fluminense. O vencedor da licitação do projeto de montagem eletromecânica da planta deve ser anunciado em março, afirmou ontem o gerente de planejamento e orçamento da Eletronuclear, Roberto Travassos. Os investimentos na usina devem totalizar R$ 10 bilhões.
Por: GLAUBER GONÇALVES / RIO
(Fonte: O Estado de S.Paulo)