C3V, empresa que venceu a licitação para operar na área, investiu R$ 25 milhões para implantar a operação.
As vagas de estacionamento na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, começam a ser tarifadas em fevereiro, em data ainda não definida.
Para carros e utilitários, a primeira hora irá custar R$ 6. Motos pagam valor único de R$ 2 pela diária.
Os caminhões que forem descarregar mercadorias pagarão R$ 4 ou R$ 5, dependendo da quantidade de eixos, por até quatro horas.
“Não existe espaço suficiente para descarregar. Os caminhões ficarão parados, esperando pela sua vez.
Isso pode onerar o serviço”, diz José Luiz Batista, presidente do sindicato dos permissionários (locatários das bancas de venda de mercadorias).
Segundo Batista, os permissionários temem que isso acabe levando os caminhões a descarregar na rua ou que diminua o fluxo de mercadorias dentro do Ceagesp.
Desde o último sábado, as novas cancelas e leitores de cartões -similares aos de shopping center- já funcionam em fase de testes.
A C3V, empresa que venceu a licitação para operar na área, investiu R$ 25 milhões para implantar a operação.
Além do sistema de cobrança da tarifa, foram instaladas 320 câmeras de monitoramento e contratados técnicos para ajudar a melhorar a logística de circulação dos caminhões.
O contrato prevê que a C3V repasse 4% da receita ao Ceagesp, que ficará ainda com todos os equipamentos que foram adquiridos.
Os permissionários reclamam também que o projeto, que teve início há cerca de dois anos, nunca foi discutido com os permissionários.
“Hoje [quinta-feira] teremos uma reunião com a C3V sobre as tarifas e sobre como as mudanças do projeto vão acontecer”, diz Batista.
O sindicato não descarta que possa haver algum tipo de manifestação, caso os permissionários não concordem com o novo projeto.
Em nota, a C3V e a Ceagesp afirmam que a logística do estacionamento já foi revista e que todas as mudanças foram comunicadas com antecedência em reuniões com os permissionários.
(Fonte: Folha SP)