Jaboticabal diz, em nota, que a construtora vencedora da licitação abandonou a obra faltando 5% dos trabalhos e que, para evitar nova licitação e um atraso ainda maior na entrega
UPAs de Sertãozinho e Jaboticabal estão com os prazos de construção estourados e a de Bebedouro é investigada pelo MP
A região de Ribeirão Preto tem três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) com prazos de construção atrasados. Consideradas as meninas dos olhos do governo federal, os municípios de Sertãozinho, Jaboticabal e Bebedouro não conseguiram entregar as obras dentro do estimado.
No caso de Sertãozinho, já são três anos de espera. Jaboticabal deveria entregar o prédio no segundo semestre de 2012, mas de acordo com o setor de imprensa da prefeitura a construtora responsável pelo trabalho abandonou a obra, faltando pouco para sua finalização.
Mas, de todas as cidades, o caso mais sério foi o de Bebedouro, que acabou virando alvo do Ministério Público, no ano passado.
“Em 2013, foram apontadas irregularidades na obra, entre elas que a prefeitura tinha recebido R$ 1,5 milhão do governo federal, com menos de 40% da obra pronta”, explica o diretor de saúde, Eurico Medeiros.
Além disso, segundo ele, a qualidade desses 40% foi questionada pelo MP, o que obrigou a prefeitura a iniciar uma série de negociações e conversas com Brasília.
“O Ministério da Saúde nos solicitou um parecer técnico da viabilidade da obra. Isso significa que um perito terá de atestar se é possível continuar as obras com o que já está feito e se, com as irregularidades que existem, o Ministério Público vai habilitar a obra pronta”, explica.
Jaboticabal
Por meio de nota, as prefeituras de Sertãozinho e Jaboticabal disseram que as obras devem ser entregues em setembro, prazo máximo estipulado pelo Ministério da Saúde.
Jaboticabal diz, em nota, que a construtora vencedora da licitação abandonou a obra faltando 5% dos trabalhos e que, para evitar nova licitação e um atraso ainda maior na entrega, a prefeitura ficou responsável pelo término. A administração municipal disse que já licitou a compra de equipamentos.
Sertãozinho
No caso de Sertãozinho, funcionários trabalhavam na obra na última sexta-feira, que foi readequada e ampliada para atender à demanda local. Em 2012, os trabalhos foram abandonados pela primeira empresa vencedora da licitação, que alegou dificuldades financeiras.
Espera
Para os moradores de Sertãozinho, a espera por uma consulta na UPA já dura três anos.
“Tem que ser mais rápido. Acho que quando estiver funcionando vai ter mais recurso para um atendimento. Se eu precisar de atendimento com urgência vou para lá”, afirma Ana Maria Mermejo, 58 anos.
A dona de casa Aparecida Barros, 58 anos, diz que a espera é um motivo de vergonha. “Nunca vi demorar tanto para entregar um posto de saúde. Às vezes você vem para o posto de saúde, mas não tem médico plantonista e precisa ir para a Santa Casa, acho que a Upa facilitaria a vida de todos os pacientes que precisam de atendimento”, afirma.
Ribeirão também tem atraso
A segunda UPA de Ribeirão Preto, localizada na zona Norte, na avenida Euclides Figueiredo ainda não começou a ser construída, apesar da placa no terreno dizer que a construção deveria ter começado em fevereiro desse ano, porém, o local continua sendo um terreno vazio.
Em nota, a prefeitura diz que já notificou a empresa para saber os motivos da paralisação.
A entrega da primeira Upa, localizada na avenida Treze de Maio também foi entregue com quase dois anos de atraso, conforme a data inicial da obra e foi inaugurada.
UBS Ribeirão Verde fecha para obras
A UBS do Ribeirão Verde, na zona Leste de Ribeirão Preto, ficará fechada entre esta segunda-feira (7) e reabre na próxima segunda (14). Nesse período, as consultas previstas para a semana foram reagendadas e os pacientes que necessitarem de medicamentos, vacinas ou consultas poderão se dirigir à UBDS do Quintino 2.
A UBS atende, em média, cerca de quinhentas pessoas por dia.
(Fonte: A Cidade)