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Rodoviários de Porto Alegre rejeitam proposta de empresas de ônibus

A licitação lançada pela prefeitura prevê aumento para R$ 3,05, mas as empresas do transporte público

 

Categoria rejeitou a contraproposta de 5% de reajuste salarial. Rodoviários haviam protocolado pedido de aumento de salário de 11,5%.

 

A primeira reunião do ano entre representantes do Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa) e integrantes da diretoria do Sindicato dos Rodoviários terminou sem acordo na tarde desta quinta-feira (8). Após proposta de reajuste salarial de 11,5%, a categoria rejeitou a contraproposta de 5% por parte das empresas.

 

Apesar da diferença, o sindicato explica que levou em consideração cálculos dos reajustes dos últimos dez anos e concluiu que 5% de aumento representaria um ganho real aos rodoviários. Com a recusa por parte dos trabalhadores, novas reuniões devem ocorrer para negociações, ainda sem datas marcadas.

 

No pedido dos rodoviários protocolado na última segunda-feira (5) na Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), de 11,5% de aumento nos salários, são 6,5% referentes à inflação de 2014 e 5% de ganho real. O documento ainda incluía mais oito itens, como reajuste no tíquete-refeição de R$ 19 para R$ 23,75, redução da jornada de trabalho para seis horas e a criação de um plano para demissão voluntária.

 

Segundo a ATP, atualmente, um motorista de ônibus ganha R$ 2 mil ao mês e o cobrador tem um vencimento aproximado de R$ 1,2 mil. A carga horária é de 7h.

 

Também não há prazo para o reajuste na tarifa do transporte público. A atual tarifa é de R$ 2,95 para ônibus e R$ 4,40 para lotações. A licitação lançada pela prefeitura prevê aumento para R$ 3,05, mas as empresas do transporte público defendem reajuste para R$ 3,15. Os principais fatores que influenciam no cálculo para o aumento da passagem são o dissídio dos rodoviários e a alta no preço dos combustíveis.

 

A Prefeitura de Porto Alegre enfrenta desde o início do ano muitas dificuldades para encontrar interessados na primeira licitação da história do transporte público da capital, que opera sob regime de permissões desde 1920. O processo teve início em janeiro de 2014 após decisão do desembargador Carlos Roberto Canibal, que aceitou um recurso movido pelo Ministério Público e exigiu que a administração municipal publicasse o edital.

 

O transporte público de Porto Alegre conta com a Carris, empresa pública responsável por 22,7% das linhas de ônibus, e 12 empresas privadas, organizadas em três consórcios: STS, Unibus e Conorte.

 

(Fonte: G1)

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