Eles são suspeitos de terem desviado recursos públicos na contratação de empresas, terceirização e pagamentos de taxas administrativas
O prefeito de Matelândia Edson Antônio Primon e o presidente da Organização Não-Governamental (ONG) Agência de Desenvolvimento Educacional e Social Brasileira ( Adesobras ), Robert Bedros Fernezlian, foram condenados pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná ( TCE-PR ) a ressarcir os cofres públicos do município em R$ 1,1 milhão. A decisão ocorre pela suspeita de desvio de recursos públicos do município na execução de acordos firmados entre o atual prefeito e a ONG.
Na decisão da Tomada de Contas Extraordinária do TCE-PR, quatro pontos do acordo firmado entre o município e a Adesobras estariam em desacordo com a legislação. Os casos envolvem pagamento indevido de taxa de administração à ONG pelo município, terceirização indevida, pagamento de licitação simulada e desvio de dinheiro para doação à campanha de reeleição de Primon, entre 2008 e 2009.
A decisao do TCE-PR está relacionada com a prisão de Fernezlian em abril de 2011 após a Operação Dejavu II , da Polícia Federal . Na ocasião, o presidente da Adesobras foi preso por suspeita de participação em um esquema de desvio de verbas públicas em contratos firmados entre a ONG e prefeituras do Paraná. Segundo o TCE-PR, trata-se do mesmo caso, porém, a investigação do tribunal é referente apenas à Matelândia.
Junto com Fernezlian, em abril de 2011 Lilian de Oliveira Lisboa, responsável pela ONG Ibidec, também foi presa na mesma operação. Os dois estão em liberdade, mas são investigados pela Justiça Federal do Paraná sobre o caso. O processo corre em segredo de justiça.