O líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), chegou a assinar o pedido de criação da CPI da Corrupção. Maggi disse que não endossará a proposta. “O governo já está sem foco. Se botar uma CPI, aí é que perde totalmente o foco e não consegue avançar”, resumiu o senador.
Disposta a obter uma espécie de atestado de inocência, a cúpula do PR quer que Dilma ou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, façam um gesto para afagar o partido. A presidente, porém, já disse que cabe aos órgãos de investigação, como Ministério Público e Polícia Federal, o julgamento final das contas. Para o deputado Luciano Castro (PR-RR), a sindicância da CGU “não isentou nem acusou” ninguém. Vice-líder do governo e favorável à volta do PR para a base aliada, Castro afirmou que cabe ao Planalto, agora, dizer que o partido “não está envolvido” em superfaturamento de obras. “Também houve denúncias no Turismo e isso não significa que o ministro esteja envolvido, porque, se estivesse, não estaria no cargo”, provocou Castro, numa referência às acusações que atingiram a pasta comandada por Pedro Novais, do PMDB.
REAÇÕES
Blairo Maggi
Senador (PR-MT)
“Eu esperava que o relatório identificasse os responsáveis por irregularidades, mas não há responsabilização de nada nem de ninguém. Foi um documento muito vago”
Luciano Castro
Deputado (PR-RR)
“A sindicância da CGU não isentou nem acusou ninguém”
Por: Vera Rosa / BRASÍLIA
(Fonte: O Estado de S.Paulo)