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Porto de Santos detona segunda para ampliar navegabilidade

A derrocagem das pedras está orçada em R$ 25.592.142,96 e é realizada pela empresa Ster Engenharia Ltda, vencedora da licitação pública lançada pela SEP

SANTOS – O porto de Santos inicia amanhã o desmonte da pedra de Itapema, localizada no meio do canal de navegação e, hoje, um dos obstáculos ao tráfego de navios no maior porto da América Latina. A detonação da rocha terá início às 8h30 e levará poucos segundos. Mas a navegação será interrompida pelo período de três horas, pois a preparação paras as explosões demanda o isolamento da área num raio de 500 metros.

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) ainda não informou quanto tempo os trabalhos durarão, mas pelo menos neste mês o porto será interditado todos os dias, inclusive nos fins de semana. Na maior parte deles, sempre das 8h30 às 11h30.

A pedra de Itapema tem 11.260 metros cúbicos. A derrocagem dela sucede à de Teffé, outra rocha que estava no canal do porto e limitava a navegabilidade em Santos. A explosão de ambas integra a obra de aprofundamento e alargamento do porto de Santos. Quando terminada, Santos passará a operar com uma profundidade de 15 metros (hoje tem menos de 13 metros) e 220 metros de largura (hoje são 150 metros) . A nova modelagem possibilitará o tráfego de embarcações em mão dupla e a atracação de navios com maior calado, ampliando a capacidade de movimentação do complexo em cerca de 30%. Hoje, a Codesp estima que o potencial anual de Santos gire em torno de 120 milhões de toneladas – neste ano, o porto deve movimentar cerca de 100 milhões de toneladas.

A derrocagem das pedras está orçada em R$ 25.592.142,96 e é realizada pela empresa Ster Engenharia Ltda, vencedora da licitação pública lançada pela Secretaria de Portos (SEP), dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Originalmente, o governo federal estimava em 18 meses a eliminação das duas pedras, mas o emprego de uma nova técnica reduziu a previsão para dois meses. O trabalho é feito pela embarcação chinesa Yuan Dong 007, construída para esse tipo de projeto e cuja tecnologia só foi utilizada no Canal do Panamá. O navio conta com 10 torres de perfuração com alcance de 28 metros de extensão.

A pedra de Itapema fica nas proximidades da margem esquerda do porto (Guarujá), na região defronte aos armazéns 14  e 15. Segundo a Codesp, a retirada do material fragmentado do fundo do estuário será realizada posteriormente, com uso de dragas tipo clamshell (com garras em forma de concha) ou backhoe (retroescavadeira), transferindo os fragmentos para balsa ou batelão.

Para a proteção de ecossistema, antes de cada detonação é acionada uma carga suspensa de pouca intensidade para afugentar a fauna.

Por: Fernanda Pires
(Fonte: Valor)

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