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Por ordem de Dilma, ANP articula licitação de blocos para gás natural

Rodada de gás poderia ser realizada em dezembro deste ano ou no primeiro semestre de 2014

 

Embora esteja organizando a 11.ª rodada de licitação de blocos exploratórios, marcada para maio, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) já articula internamente um leilão específico de blocos terrestres com potencial de presença de gás natural.

 

A rodada do gás poderá ocorrer em dezembro deste ano ou no primeiro semestre de 2014. A diretora-geral Magda Chambriard participa das discussões para estruturar a futura rodada, iniciativa inédita no Brasil.

 

Na licitação de maio, as empresas interessadas deverão priorizar a procura por óleo, já que o gás ainda não possui sistemas eficientes de comercialização e infraestrutura de escoamento adequada, além de a tecnologia empregada encarecer a exploração.

 

Em novembro, deverá ocorrer a 12.ª rodada, exclusiva para blocos marítimos do pré-sal, e o mais aguardado, pela indústria do petróleo, de todos os leilões. De acordo com a diretora-geral, a ANP prepara a rodada do gás por ordem direta da presidente Dilma Rousseff. Magda definiu ontem à solicitação da presidente omo uma “encomenda”.

 

“Todas essas bacias estão sinalizando com aptidão para gás. Ainda é cedo para falar (em volumes), mas as extensões são tão grandes que não é possível que seja pouco”, disse a diretora-geral durante solenidade de lançamento do navio Rômulo Almeida, da Transpetro, em Niterói.

 

As bacias a que Magda Chambriard se referiu, com possibilidade de abundância de gás, são as do Parnaíba (Nordeste), São Francisco (Sudeste/Nordeste), Parecis (Centro Oeste) e Paraná (Sul/Centro Oeste), além do Acre. “Parnaíba já tem fato, já tem campo, já é uma bacia produtora. Essa deve ser mais rápida. Nas outras, mais virgens, deve demorar mais um pouquinho (o início da exploração)”, disse ela.

 

A diretora-geral previu haver viabilidade financeira para a exploração dos blocos terrestres do gás natural. “Tudo depende dos volumes. Se forem grandes, certamente é viável.”

 

Para Magda, é pequena a possibilidade de o gás brasileiro ser semelhante ao americano, onde o shale gas (gás de xisto) desponta como sucesso na busca por fontes alternativas de energia. “Não estou dizendo que (as áreas brasileiras) são, provavelmente não são (parecidas com as dos EUA). Mas, se fossem, a gente poderia chegar a pensar no Brasil em 500 TCF de gás. É gás pra chuchu. É mais que o pré-sal.”

 

O interesse pelo gás também afeta a Petrobrás, que recentemente criou o Programa Onshore de Gás Natural (Pron-Gás), para a exploração, produção e monetização do gás natural das bacias sedimentares terrestres brasileiras, em reservatórios convencionais e não convencionais. O objetivo do Pron-Gás é identificar o potencial de gás natural nas bacias e avaliar os custos de seu aproveitamento.

 

Por: SERGIO TORRES / RIO
(Fonte: O Estado de S.Paulo)

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