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Plano de aviação regional prevê subsídio a empresas

O BB dividiu o plano em seis regiões e abriu licitação para contratar empresas para fazerem projetos em quatro delas.

Projeto inclui reforma de 270 aeroportos no interior; expectativa de demanda é de 65 milhões de passageiros em 2025

 

O governo federal pretende reformar ou construir 270 aeroportos no interior do Brasil e conceder subsídios a empresas aéreas que voarem para essas cidades. O plano de estímulo à aviação regional foi anunciado em dezembro passado, com investimento de R$ 7,3 bilhões. A expectativa da Secretaria de Aviação Civil (SAC) é de que esses aeroportos recebam 65,5 milhões de passageiros em 2025.

 

“As empresas querem voar mais. Se aparecer um cenário em que os voos para o interior sejam interessantes, elas vão avaliar. Depende da estrutura do programa”, disse o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz.

 

O plano de incentivos à aviação regional é uma tentativa do governo de levar o transporte aéreo para o interior. Em 2012, apenas 122 cidades brasileiras foram atendidas por voos regulares, dez a menos do que no ano anterior e 50 a menos que em 2000, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

 

As empresas menores não resistiram ao aumento de custos da aviação nos últimos anos e muitas deixaram de voar. As líderes TAM e Gol investiram em aeronaves maiores, modelos da europeia Airbus e da americana Boeing que são muito grandes para operar no interior, e focaram no tráfego aéreo dos grandes centros. A exceção é a Azul/Trip, que voa para 105 cidades com 126 aviões da brasileira Embraer e da francesa ATR.

 

“A grande beneficiada com o estímulo à aviação regional no Brasil será a Embraer. O sonho da empresa é ver seus aviões voando pintados de vermelho ou laranja”, disse uma fonte.

 

A Embraer aposta em quatro modelos para atender o mercado de voos regionais, com configurações que vão de 70 a 124 assentos. Procurada, a empresa disse que não comenta possíveis negócios com clientes, mas que vê “como positivo o plano de aviação regional do Brasil”.

 

Andamento. Neste ano, a SAC fez estudos de demanda de tráfego aéreo para os 270 aeroportos, vistorias técnicas e comprou 186 caminhões de combate ao incêndio para os aeroportos. Em julho, o Banco do Brasil foi contratado para ser o agente financeiro do projeto. O BB dividiu o plano em seis regiões e abriu licitação para contratar empresas para fazerem projetos em quatro delas.

 

A previsão da SAC é de que as obras comecem no primeiro semestre de 2014. “Há diferença na situação dos aeroportos. Alguns têm projetos da prefeitura e outros não têm nada”, disse a diretora do departamento de gestão do programa de auxílio a aeroportos da SAC, Fabiana Todesco.

 

A SAC já decidiu que dará subsídio para os voos regionais. As empresas vão receber um valor mínimo para viabilizar o destino economicamente. Falta definir ainda como será o repasse e como será o cálculo. É essa conta que a TAM espera para decidir se volta ao interior. /M.G.

 

(Fonte: Estadão)

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