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Petrobrás pressiona fornecedor de sondas

A Rolls-Royce é uma das que saíram na frente. Adquiriu um terreno enquanto aguarda os possíveis contratos. A britânica, que pretende investir US$ 200 milhões no Brasil entre 2012 e 2013 em projetos offshore, tem no forno, por exemplo, uma fábrica de propulsores. “São propulsores com 6,7 metros de diâmetro, críticos na operação das sondas. Nunca um equipamento desses foi feito no Brasil”, diz o presidente da empresa na América do Sul, Francisco Itzaina.

Apenas a construção das 33 sondas que a Petrobrás encomendou no País custarão mais de US$ 26 bilhões. Serão as primeiras a serem feitas no Brasil. A operação custará mais do que o dobro disso no longo prazo. Ao todo, a Petrobrás prevê US$ 224,7 bilhões em seu plano estratégico até 2015.

O secretário de Desenvolvimento do Estado do Rio, Julio Bueno, conta que diferentes empresas têm mostrado interesse em se instalar no Estado ou em ampliar suas plantas para aproveitar as encomendas do pré-sal. “A Wartsila, por exemplo, tem interesse em montar fábrica para bombas e compressores, mas aguarda um contrato firme. A estratégia de conteúdo local só vai adiante quando houver uma perspectiva de contrato. Falta uma política industrial.”

Atrasos. As encomendas estão atrasadas já que grande parte dos contratos dos estaleiros que construirão as sondas ainda não foram fechados por não terem apresentado um plano convincente à Petrobrás e à Sete Brasil. Mas, com o relógio correndo, os estaleiros, pressionados por Graça, já iniciaram consulta de preços com fornecedores. A determinação é não esperar para preparar as encomendas.

Em outra iniciativa, representantes do BNDES e da estatal têm visitado juntos fornecedores para atrair estrangeiros ou para expandir as áreas de atuação de fornecedores locais. Num dos casos, a Petrobrás visitou fabricantes de árvores de natal (conjunto de válvulas para produção). A Petrobrás sugeriu que um fabricante de árvore de natal para uso em terra desenvolvesse uma versão mais sofisticada, para águas rasas. E sugeriu a outra empresa que migrasse de águas rasas para águas profundas.

O diretor executivo da Abimaq para óleo e gás, Alberto Machado, também reclama da morosidade das informações. “Não adianta ter pedido de contrato sendo lançado com antecedência de 15 dias porque não dá tempo de se preparar”, diz. “Quem faz um navio sabe que vai ter a encomenda em 60 dias, mas quem faz as peças só vai ter informação daqui a um ano. Se querem desenvolver a indústria nacional, as informações das demandas têm de ser colocadas o mais rapidamente possível.”

 

Por: SABRINA VALLE/RIO
(Fonte: O Estado de S.Paulo)

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