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Perda de licitação da Marinha piora crise na Indústria Naval de Pernambuco

Estaleiros de Pernambuco estão sem obras e reduzem o seu quadro de pessoal, perspectivas são de poucas encomendas nos próximos anos

A recente derrota do Estaleiro Vard Promar de Pernambuco (era o estaleiro construtor do Consórcio “FLV” formado pelos italianos Ficantieri e estaleiro Leonardo), piorou a situação da Indústria naval do estado.
A falta de encomendas do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) ajuda ainda mais a formar o caos no setor e existem até riscos de fechamento dos estaleiros, o que está causando sérias preocupações no sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE).

Segundo o presidente do Sindmetal-PE, Henrique Gomes, na semana passada ocorreram pelo menos 40 demissões no Atlântico Sul (EAS) e podem ocorrer mais 900 entre o final de maio e começo de junho.

O sindicalista reforça que o Vard Promar e o Atlântico Sul (EAS) já chegaram a empregar cerca de 12,7 mil postos de trabalho quando estavam a pleno vapor. Vale lembrar que o EAS entregou na semana passada o petroleiro “Garrincha”, penúltimo navio do Promef, e que este cenário deve piorar depois da entrega do último, o petroleiro “portinari”

Vagas gordas
Nos tempo áureos da construção naval de Pernambuco, só o EAS chegou a ter 11 mil empregados em 2011, enquanto que o Vard Promar chegou a contar com 1,7 mil trabalhadores entre 2015 e 2016.
Hoje em dia o EAS tem 1,2 mil pessoas trabalhando e o Vard Promar apenas 90, mas caso se confirmem as demissões ao EAS deve passar a ficar com apenas 125 funcionários.

O EAS está negociando a construção de dois porta-conteineres e caso se concretize o contrato podem haver novas contratações em dezembro.

A falta de encomendas aos estaleiros impactam toda a cadeia de fornecedores e criação de empregos indiretos e segundo o presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Alexandre Valença, o governo federal faz muitas exigências para empresas locais que tem que preencher muitos requisitos para serem fornecedoras do setor e isso encareceu o custo da produção.
Ele, inclusive teve que fechar uma empresa que chegou a fornecer 1,2 mil toneladas de sub-blocos para o EAS, causando a demissão de 200 pessoas.

Em relação ao Vard Promar, o presidente da empresa, Guilherme Coelho, declarou que a italiana Ficantieri, dona do estaleiro brasileiro, que mesmo tendo perdido a concorrência para construção das corvetas, vai permanecer no Brasil, inclusive ficando de olho numa futura licitação da Marinha para construir um navio antártico.

Especialistas garantem que a crise na construção naval é mundial, pois até mesmo a China e Coréia do Sul estão fechando estaleiros, mas que no brasil está sendo pior devido a crise política e econômica e que sempre foi de alto risco depender de encomendas somente da Petrobras.

(Fonte: Click Petróleo e Gás)

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