Qual a bandeira da gestão?
O nosso programa se chama Unifesp Plural e Democrática. A EPM ficou circunscrita na área da saúde até meados de 2004. Mas a partir daí houve uma expansão grande e muito rápida. Crescemos muito. Queremos que essa pluralidade tenha representação maior, sem deixar de ter o devido espaço para a EPM.
Quais serão as ações para essa mudança?
Queremos aumentar a eficácia da gestão, ter uma administração mais rápida e ágil. Precisamos de uma reorganização da administração, que os câmpus tenham seus próprios orçamentos. Será uma reconstrução com planejamento.
Como resolver os desafios de falta de infraestrutura?
Nós temos de resolver isso rápido. Já poderíamos ter feito no ano passado (obras e adequações) se tivéssemos feito a descentralização do orçamento. Queremos um compromisso compartilhado. E temos ainda de fortalecer a assistência estudantil.
Quais são as metas?
A reforma administrativa deve acontecer nos primeiros 6 meses após o início gestão. Mas precisamos de planejamento, porque há problemas que conseguimos solucionar em três meses. Outros, como a construção de um prédio, não são tão rápidos.
Como deve ser a ação em Guarulhos, onde há problemas de acesso ao local e infraestrutura precária?
Em Guarulhos, elementos de complexidade se acumularam. Em relação ao acesso, a reitoria já conseguiu fechar a ponte Orca do Metrô Itaquera até o câmpus. Já o prédio novo, esperamos que agora a licitação não vá parar (a universidade lançou um novo edital, a terceira tentativa). Temos um grupo de docentes que está colaborando e os estudantes estão sendo ouvidos.
Com tantos desafios, sobra tempo para pensar na qualidade dos cursos?
Na graduação, vamos discutir a flexibilização dos currículos. Na pós-graduação, precisamos dar mais condições de funcionamento da pesquisa. Os cientistas estão sofrendo com a falta de infraestrutura para fazer publicações e se internacionalizar. E, em ciência, a internacionalização é um dos pontos-chave.
Por: PAULO SALDAÑA
(Fonte: O Estado de S.Paulo)