Empresa alega que fez acordo amigável com prefeitura para parar obras
A construtora R. C. Vieira Engenharia desmentiu ontem que tenha abandonado as obras de um conjunto habitacional que estava sendo construído com financiamento da Caixa Econômica Federal para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Itaboraí. A empresa apresentou ao EXTRA, ontem à tarde, documentos que comprovariam que foi assinado, em abril deste ano, um termo de rescisão amigável entre a construtora e a prefeitura — uma informação que o governo municipal não havia divulgado.
Segundo um dos sócios da empresa, Celso Roberto Rodrigues, a R. C. Vieira não recebia os reajustes anuais que, por lei, teria direito. As obras foram paralisadas quando a empresa passou a ter prejuízos com o trabalho, de acordo com Roberto Rodrigues.
— Estávamos pagando para trabalhar. Em 2008, conseguíamos construir uma parede com R$ 10, em 2012 o valor deixa de ser esse e nunca recebemos essa diferença.
Segundo a empresa, o documento foi assinado em 9 de abril deste ano, após conversas com o então secretário de Habitação, Janô Beserra de Araújo. Sete dias depois, o atual secretário Felipe Monteiro assumiu o cargo. As obras dos oito prédios, localizados na rodovia BR 403 (Manilha-Magé), em Itambi, começaram em 2008 e foram orçadas em R$ 19 milhões.
Procurada pelo EXTRA, a Prefeitura de Itaboraí informou que o documento foi assinado pelo antigo secretário e que Felipe Monteiro agora avalia os prejuízos causados pela paralisação da obra e estuda os documentos do processo de contratação da R. C. Vieira para identificar possíveis erros no contrato.