Recentemente, o governo do Estado lançou o edital de licitação dos projetos básico e executivo para implantação do trem expresso que ligará a capital a Jundiaí. É uma concorrência internacional, de R$ 153 milhões, e o consórcio vencedor terá 24 meses para entregar os estudos do ramal de 47 quilômetros, que permitirá o transporte de 20 mil passageiros por dia, num trajeto de 25 minutos, sem parada. A abertura dos envelopes deverá ocorrer em novembro.
O novo ramal deve ser implantado e operado por uma concessionária privada por meio de PPP. O custo das obras deverá atingir R$ 3,2 bilhões. O governo de São Paulo prevê que o ramal entre em operação até 2017.
Jundiaí é o núcleo da primeira Aglomeração Urbana criada no Estado de São Paulo há pouco mais de um ano, reunindo sete municípios. Faz parte do grupo de cidades com melhor situação de riqueza e de bons indicadores sociais do País: é o quarto no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal entre as cidades paulistas e o 14.º, se considerados todos os municípios brasileiros. Localiza-se no entroncamento rodoviário entre a capital e Campinas e de lá partem, diariamente, milhares de pessoas que estudam ou trabalham na capital.
Considerando o processo de conurbação em que se incluíram as três regiões metropolitanas paulistas – São Paulo, Campinas e Baixada Santista -, torna-se urgente o planejamento capaz de assegurar a mobilidade de 2 milhões de pessoas entre as cidades e o movimento de ida e vinda diário de mais de 1 milhão de trabalhadores e estudantes, entre os municípios da região metropolitana de São Paulo. Desse total, mais de 670 mil se deslocam para o centro expandido da capital.
Assim, é bem-vindo o anúncio do governo paulista de investimento na Linha 7 (Luz-Jundiaí) da CPTM, que hoje transporta 420 mil usuários por dia útil. Serão R$ 705 milhões para a modernização de oito estações e outras quatro terão os editais para licitação publicados até o início do próximo ano.
Espera-se que não tardem anúncios de outros tantos projetos semelhantes.
(FOnte: Estadão)