Tribunal de Contas recomendou ajuste do termo de referência. Além disso, duas empresas interessadas na disputa entraram com a impugnação da concorrência, o que fez com que o processo fosse adiado
A Comissão de Licitações da Prefeitura de Carazinho esperava abrir os envelopes com as propostas para a operação do transporte coletivo na segunda-feira (23), mas teve de suspender o processo depois que duas empresas interessadas no pleito entraram com pedido de impugnação e o Tribunal de Contas sugeriu uma série de adequações.
Durante participação no programa Agenda de Notícias, nesta semana, o prefeito Milton Schmitz lamentou. “Infelizmente recebemos este presente de grego: um contrato inexequível, mal executado por ambas as partes em 2014. Agora é algo que não se muda do dia para a noite. O Tribunal de Contas recomentou uma série de ajustes. Como estas coisas demoram, acabou aumentando o combustível o que fez com que se mexesse no preço da passagem. Precisamos refazer os cálculos e nosso setor jurídico se manifestou, orientando pela suspensão”, declarou.
O chefe do Executivo estima que em 60 dias um novo edital poderá ser lançado e a concorrência retomada. “É coisa para 60 dias, se tudo correr bem, se não houver impugnações. Tudo com transparência, com lisura, de acordo com a orientação do Tribunal de Contas e da empresa contratada, a Lidner, de Porto Alegre, que é especialista. Fez todo um diagnóstico, um levantamento do nosso transporte. Ocorre que de lá para cá ocorreram vários aumentos de custos, especialmente dos combustíveis e as planilhas precisam ser revistas. Estaremos corrigindo para depois fazer a nova publicação”, completou.
A decisão de suspender a licitação ocorreu na sexta-feira (20). A Empresa Glória (atual operadora) e a Hodierna Transportes (de Concórdia-SC) encaminharam documentação contestando a concorrência e pedindo a impugnação apresentando vários argumentos. “Houve duas impugnações e a consultoria, responsável pelo edital, fez os devidos esclarecimentos, e optamos pela suspensão, orientados pelo nosso jurídico. Além disso, há um apontamento do Tribunal de Contas do Estado, que ainda nos emitirá um parecer, mas já sabemos que temos que fazer retificações”, disse o presidente da comissão, Eduardo Kraemer, à Rádio Diário AM 780, na ocasião.
Além das duas empresas que apresentaram impugnações, uma terceira, de Porto Alegre, fez contato com a comissão de licitações informando que faria o mesmo, mas foi informada de que a suspensão seria feita e então desistiu de dar andamento.
(Fonte: Diario da Manhã)