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No Amapá, chega a 40 anos espera de rodovias por asfalto

Na terceira etapa por causa de problemas em trechos com áreas indígenas, a licitação da pavimentação vai ser lançada até o fim de julho.

 

Moradores reclamam que atoleiros prejudicam escoamento da produção.

Governo deve concluir parte da BR-156 em 2013; BR-210 não tem previsão.

 

As obras de pavimentação das rodovias BR-156 e BR-210, no Amapá, esperam por asfalto há pelo menos 40 anos. De acordo com a Secretaria de Estado de Transportes (Setrap), a BR-156 começou a ser pavimentada em 1976, e dos 812 quilômetros de extensão, 528 não estão asfaltados. Na BR-210, que possui 320 quilômeros, o asfaltamento ainda nem começou.

A reportagem foi sugerida pelo policial rodoviário federal, Klebson Sampaio, 42 anos, pelo VC no G1. “Sou amapaense e trabalho nessa estrada há muito tempo, e sei a nossa realidade, principalmente a sua importância ao estado”, afirmou.

A dificuldade também é enfrentada por quem depende da rodovia para tirar o sustento. A agricultora Conceição dos Santos, 30 anos, usa a BR-210 para escoar a produção até a capital. Ela mora na comunidade do Matapí, em Porto Grande, a 100 quilômetros de Macapá.

 

“De Macapá até Porto Grande, tem asfalto, mas depois é estrada de terra, o que dificulta muito a nossa viagem porque devemos chegar cedo na feira”, disse indignada.

A agricultora contou que saindo da comunidade de Matapí às 7h, é possível chegar em Macapá às 11h, em dias de verão: “No Sol, ela é boa, mas quando chove, a estrada fica tão ruím, que chegamos às 14h. Já tive até prejuízo com perdas em boa parte na produção por causa de atoleiros na rodovia”.

A mesma dificuldade é enfrentada pela agricultora Rita de Cássia, 41 anos, moradora da Linha C, em Porto Grande. “Quando passamos da sede do município, não tem mais asfalto, e isso é prejudicial a nossa produção. Isso acontece desde os meus 10 anos, quando comecei a vender na feira, em Macapá”, reclamou.

BR-156

A BR-156 é responsabilidade do Governo do Estado do Amapá (GEA) desde 1976. Ela possui 812 quilômetros. No trecho Norte, de Macapá a Oiapoque, são 569 quilômetros; no Sul são mais 243 quilômetros entre a capital e Laranjal do Jari.

Para o trecho norte ser asfaltado, a BR-156 foi dividida em três etapas pelo Governo do Amapá. A primeira vai de Calçoeneà Vila do Carnot, no mesmo município, e soma 56 quilômetros; a segunda, que começa na Vila do Carnot e termina próximo ao rio Cassiporé, em Calçoene, totaliza 54 quilômetros; a terceira e última etapa vai do rio Cassiporé ao município de Oiapoque, com 56 quilômetros.

 

De acordo com a Secretaria de Estado de Transportes (Setrap), a primeira etapa está em fase de conclusão e deve ficar pronta até fim de 2013. Na segunda, a empresa responsável pelo serviço pediu a revisão dos custos da obra para iniciar o trabalho de asfaltamento. “Até setembro de 2013 vamos adequar os preços”, disse Bruno Mineiro, secretário de Transportes.

Na terceira etapa por causa de problemas em trechos com áreas indígenas, a licitação da pavimentação vai ser lançada até o fim de julho.

“Provavelmente somente em 2015 o asfaltamento de toda a BR 156 vai ser concluído”, prevê Bruno Mineiro.

No trecho sul, de Macapá a Laranjal do Jari, também há atualização de valores da pavimentação, que foram calculados em 2006.

 

“A expectativa é lançar a licitação [do trecho sul] a partir de agosto. Mas, encontraremos um problema na reserva do Cajarí, no Laranjal do Jarí, onde tem um trecho de 110 quilômetros que vamos dar compensações ambientais”, explicou o secretário da Setrap.

Para ser asfaltada, obra do trecho sul vai ser divida em quatro etapas, com cerca de 60 quilômetros, cada. Não há data definida para a conclusão da pavimentação.

BR-210

A BR-210 existe desde 1973 e compreende trecho de Macapá até Serra do Navio. Do município de Porto Grande até Serra do Navio, a rodovia soma mais de 102 quilômetros sem asfalto.

De acordo com Bruno Mineiro, o GEA está realizando um estudo para saber os valores da pavimentação e poder ter a responsabilidade da rodovia. “Vamos fazer uma licitação para o projeto, calcular o valor da obra e colocá-la dentro de recursos do PAC. Não temos previsão para conclusão do asfaltamento. A competência dessa rodovia deve ser passada ao estado ainda em julho”, disse.

 

(Fonte: G1)

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