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Na creche do PAC na Rocinha, vagas só para carros

— Vivemos aqui há oito meses com mais duas famílias — disse a diarista Janileide Bezerra, que mora com a mãe, o marido, a filha e uma neta. — Nós estávamos pagando aluguel e, agora, economizamos essa despesa. Mas isso é temporário.

Do outro lado da cidade, as obras do PAC do Complexo do Alemão, na Zona Norte, apresentam problemas semelhantes, segundo a assessoria da Emop. Mas naquela comunidade já existe um trabalho, coordenado pelo Escritório de Gerenciamento de Projetos (EGP) da Secretaria estadual da Casa Civil, no qual atuam assistentes sociais e engenheiros, para resolver essas questões e abrir caminho para a continuidade do PAC.

— O governo estadual monitora essas situações na Rocinha e vai atuar efetivamente a partir da retomada das obras que vão complementar a primeira fase do PAC — disse Ruth Julberg, coordenadora do trabalho social do EGP.

A assessoria da Emop informou que a licitação para a complementação da primeira fase do PAC na Rocinha será anunciada em um mês. O governo federal já assegurou recursos (R$ 49 milhões) para a conclusão das obras. Com isso, além da creche e do esgotamento sanitário ao lado da biblioteca, serão finalizados o plano inclinado — que fará a ligação do acesso principal (paralelo à autoestrada Lagoa-Barra) à Rua 1 — e a reurbanização do Largo do Boiadeiro e da Rua do Valão. As obras do PAC da Rocinha começaram há três anos e sete meses.

Já no próximo dia 13, a Emop faz uma licitação visando à segunda fase do PAC da Rocinha. O edital determina que as empresas participantes elaborem um projeto-executivo, que deverá prever saneamento básico, melhorias habitacionais, novas unidades residenciais, mais três planos inclinados e um teleférico. E tudo isso deve ser concluído até 2014. A verba prevista para financiar o projeto-executivo é de R$ 700 milhões. A favela está ocupada pelo Batalhão de Operações da Polícia Militar (Bope) desde novembro do ano passado.

Complexo do Alemão terá R$ 50 milhões

Para o Complexo do Alemão, informa a assessoria da Emop, já estão assegurados R$ 50 milhões para o término das obras. Na comunidade, as intervenções da primeira fase do PAC pararam dois meses após a ocupação do Exército, em novembro de 2010. Serviços paralisados, a exemplo do alargamento de vias como a Rua Canitá e a Avenida Central, no Morro do Alemão, deixaram grande quantidade de entulho, já que algumas casas foram demolidas. E a comunidade vive outro drama desde as chuvas de abril de 2010, quando 700 casas passaram a ser consideradas pela GeoRio como construções em áreas de risco. As famílias foram levadas a unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal.

— Mas boa parte das residências em risco foi ocupada por outras famílias. Além da continuação das obras de infraestrurura, haverá a demolição dessas 700 casas — disse Ruth Julberg. — A ideia é tentar encaminhar as famílias em situação de miséria absoluta para o programa Minha Casa Minha Vida. O governo do estado tem buscado recursos e novos terrenos para atender a essas famílias.

Por: Rogerio Daflom
(FOnte: Extra)

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