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MP-RS recorre para impedir construção sem licitação de presídio

 

“Utilizaremos R$ 22 milhões em recursos do BNDES para esta unidade que está prevista para acontecer sem licitação. O que está faltando para começarmos a erguer o Centro de Reinserção Social é apenas a licença ambiental que a Prefeitura de Canoas tem que resolver. Eles estão muito devagar. Primeiro teve problema com o projeto. Depois a PPP que elevaria o custo por preso, que cancelamos. Agora falta a licença ambiental”, fala o diretor de Engenharia Carlos Roberto Hebeche.

A Prefeitura de Canoas promete concluir até março o estudo ambiental necessário para a construção do Centro de Reinserção Social. Para garantir a construção da casa que pretende ser referência para o país em reabilitação e tratamento de apenados, a Susepe também abriu processo administrativo para construir a unidade em Guaíba. “Poderemos fazer as duas, inclusive. Canoas está demorando muito. Não sei o que acontece com a Prefeitura. Então abrimos para Guaíba. A área é ao lado da Penitenciária Feminina”, diz Hebeche.

Centro de Reinserção Social é promessa de verdadeira recuperação de apenados

 

O Centro de Reinserção Social, se for erguido ainda nesta gestão, poderá ser referência para o país em termos de recuperação de apenados. A máxima para qualquer política em segurança pública poderá finalmente ser realidade, tratando os privados de liberdade com dignidade e oferecendo oportunidades para uma nova vida em sociedade. Para isso, uma área de 4 hectares, em Canoas ou Guaíba, abrigará uma estrutura de alojamentos, sem celas, com ampla área de pátio e módulos com atividades múltiplas.

O arquiteto do setor de engenharia da Susepe, Alexandre Micol, explica que o projeto prevê bastante áreas de convivência e de atividades para os presos. “Será um lugar diferente de um presídio convencional. Não é de segurança máxima, por isso terá que ser para presos direcionados. Terá módulo de saúde para atendimento dos dependentes químicos e salas para visitas íntimas”, garante. Na maquete, é possível ver que cada módulo do Centro de Reinserção Social terá um Centro de Controle próprio, para garantir a segurança dos apenados e servidores. “Mesmo com a adoção de todos os recursos para uma vida digna, não podemos esquecer que eles são presos. Exigem cuidados na engenharia que precisam ser tomados para evitar oferecer riscos tanto ao apenado quanto aos demais, possíveis materiais cortantes ou facilidades para fuga”, salienta Micol.

O material previsto no projeto é estrutural de cerâmica, que, de acordo com o arquiteto, reduz o impacto ambiental. A água da chuva também será aproveitada para abastecimento dos prédios. O teto da maioria dos módulos é de telha transparente, possibilitando a luz solar. “Todas as proporções dos materiais que forem necessários estão descritos no projeto e são múltiplas de três. Não há margem para alterações futuras pela empresa que realizará o trabalho. Tudo foi estudado por uma equipe técnica da Susepe atendendo a um modelo proposto pelo secretário (Airton Michels)”, explica.

 

(Fonte: Sul 21)

 

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