Documento foi assinado pela jornalista Cláudia Queiroz, mulher do vereador. Derosso diz que não sabia que ela era sócia da empresa Oficina da Notícia.
Um contrato de locação de uma sala comercial, de propriedade do vereador João Claudio Derosso é usado como prova do Ministério Público (MP) nos processos que ele responde na justiça em denúncias de improbidade administrativa. No documento, quem aparece como locatária é a jornalista Cláudia Queiroz, mulher do vereador.
Veja a reportagem do ParanáTV 2ª edição, da RPC TV
Os documentos foram firmados quatro meses antes de o vereador assinar contratos de publicidade da Câmara de Vereadors com a empresa Oficina da Notícia, cuja proprietária é Cláudia Queiroz. Na época, Cláudia e Derosso não estavam juntos. Porém, ela era funcionária da Câmara e, portanto, não poderia ter contratos particulares com a Casa.
Segundo o Ministério Público, o vereador assinou deliberadamente os contratos da Câmara com a Oficina da Notícia, embora ele negue que tivesse conhecimento à época de que Cláudia era uma das sócias da empresa. “Eu tinha contrato [de locação] com a Oficina da Notícia”, disse o vereador, em entrevista exclusiva à RPC TV.
No contrato de aluguel, assinado em 2006, a versão de Derosso não se sustenta. Quem assina o documento é Cláudia Queiroz. O mesmo ocorre no contrato de publicidade com a Câmara, onde o nome da Oficina da Notícia não aparece. “Sempre foi ela quem assinou os contratos relativos à empresa, como representante da empresa”, disse a promotora Danielle Gonçalves Thomé.
Processos arquivados
Embora as investigações do MP apontem indícios de que houve desvios de conduta por parte de Derosso, o Conselho de Ética da Câmara de Vereadores arquivou, na terça-feira (22), duas das três denúncias de quebra de decoro parlamentar contra o vereador. Ele ainda é investigado pelo Tribunal de Contas do Estado e por uma Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara, na qual o vereador fará um depoimento na quarta-feira (23).
(Fonte: G1)