Promotores querem bloqueio de R$ 1 bi em bens do prefeito e de mais 16 pessoas acusadas de participar de contrato fraudulento e causar prejuízos à cidade e aos paulistanos
Irregularidades. Promotores querem bloqueio de R$ 1 bi em bens do prefeito e de mais 16 pessoas acusadas de participar de contrato fraudulento e causar prejuízos à cidade e aos paulistanos; empresas envolvidas ajudaram a financiar campanha eleitoral
O Ministério Público Estadual (MPE) pediu ontem o afastamento de Gilberto Kassab (PSD) do cargo de prefeito de São Paulo, o bloqueio de seus bens e a suspensão do contrato da inspeção veicular na cidade. Além disso, os promotores querem a devolução dos valores pagos como taxa de inspeção e como multa aos donos de veículos da capital.
Eles entraram com ação civil na 11.ª Vara da Fazenda Pública por causa de supostas fraudes no contrato da inspeção veicular. São acusados de improbidade administrativa, além do prefeito, o secretário do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, dois funcionários públicos, seis empresas (entre elas a Controlar, responsável pela inspeção) e 13 empresários, incluindo Carlos Seabra Suarez, ex-sócio da construtora OAS, e Herald Peter Zwttloff, presidente da Controlar. Todos negam a acusação e defendem a legalidade do contrato.
Os promotores Roberto Almeida Costa e Marcelo Daneluzzi, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social, pediram o bloqueio de bens de todos até R$ 1,055 bilhão para pagar prejuízos causados aos cofres públicos e aos donos de veículos. Também pedem que Kassab e o secretário percam os direitos políticos por até oito anos. Para eles, Kassab deve ser afastado por liminar para não tentar influenciar o processo.