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Lobista teria atuado por um “descuido”, diz ministro

A audiência pública da Comissão de Agricultura tinha o objetivo de cobrar explicações do ministro sobre denúncias contra a pasta que detalhou a ação do lobista Júlio Fróes no departamento de licitação.

 

Brasília – Blindado por colegas de partido e aliados da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, reduziu as acusações de que um lobista despachava nas dependências do ministério a um “descuido” de triagem na entrada privativa. “As fotografias tiradas daquele senhor deram-me a oportunidade de verificar várias coisas que eu deveria ter feito melhor. Por exemplo, um sistema adequado de triagem para o acesso pela entrada privativa. Na verdade, nunca me preocupei com isso. Tenho uma equipe de pessoas maravilhosas que trabalham lá. Não eram pessoas voltadas para uma atitude de evitar a entrada de pessoas.”

 

A audiência pública da Comissão de Agricultura do Senado tinha o objetivo de cobrar explicações do ministro sobre denúncias contra a pasta -como a da revista Veja que detalhou a ação do lobista Júlio Fróes no departamento de licitação e as acusações do ex-presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) Oscar Jucá Neto sobre esquema de corrupção. O depoimento de Rossi se transformou em um festival de mea-culpa. “Não penso que eu possa ter tido nenhum grau de não ter sido perfeito. A perfeição é um objetivo que a gente deve perseguir sempre, mas é extremamente difícil de se conseguir.”

 

Rossi relatou que a presidente Dilma Rousseff ordenou levantamento de irregularidades na área jurídica do ministério, mas evitou que a reforma fosse chamada de faxina. “Ela (Dilma) não falou nesses termos, mas me disse, sim, que, em função de tudo o que eu tinha relatado, queria que eu tomasse atitudes muito fortes e que fossem feitas independentemente de qualquer tipo de limitação política”.

 

O ministro da Agricultura atribuiu a revanchismo de pessoas impedidas de aplicar golpes na pasta, as denúncias feitas contra ele. “Eles realmente foram pegos com a boca na botija e, aí, confrontados pela Conab, foram agora para uma forra, porque iniciou-se esse denuncismo. Como eu tentei aqui demonstrar, com todos os documentos, cada caso tem uma motivação que não é a motivação real de interesse público.”

 

Sobre as acusações de Oscar Jucá Neto, ex-presidente da Conab e irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), Rossi disse que não o processaria, em respeito ao colega de partido. “Tenho um respeito muito grande pelos vínculos familiares e não quero criar novos e maiores constrangimentos às pessoas que, ao lado dele, se sentirão ainda mais ameaçadas se assim outras medidas forem tomadas.”

 

Negromonte
A base governista da Câmara se mobilizou para proteger o ministro Mário Negromonte das perguntas da oposição. Assim, o que seria uma audiência para que o titular da pasta de Cidades explicasse denúncias de repasse de verbas a obras irregulares, virou uma sessão de homenagem. O líder do DEM na Casa, deputado ACM Neto (BA), afirmou que a oposição boicotou a reunião da Comissão de Desenvolvimento Urbano, porque as audiências só servem para “garantir palanque e platéia” aos ministros.

 

(Fonte: ABC Politiko – Linha Direta com o Poder )

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