Valor apontado pela única participante é o mesmo estimado em edital. Agora, documentos serão analisados para definição oficial.
A licitação para aluguel de 400 ônibus elétricos em São José dos Campos atraiu apenas uma empresa, que fez uma proposta de quase R$ 3 bilhões. A abertura dos envelopes aconteceu nesta sexta-feira (24).
Agora, os documentos da empresa serão analisados para a definição oficial por parte da prefeitura.
O valor apresentado pela única interessada, a Master Solutions Logística , foi de R$ 2.846.013.062,40 – exatamente o valor estimado em edital. O período previsto pelo edital é de 15 anos.
Responsável pela publicação do edital, a Urbanizadora Municipal (Urbam) tentou abaixar o preço, mas o representante da empresa alegou que o valor de referência é o mínimo do limite do mercado.
Após a negociação, o presidente da comissão de licitação, Rosiel Leite de Medeiros, determinou a suspensão da sessão para análise da documentação de habilitação apresentada pela empresa. A sessão será retomada em data a ser divulgada no site da Urbam.
De acordo com a gestão municipal, o contrato prevê apenas o aluguel dos veículos. Outra licitação será aberta para escolher uma ou mais empresas que vão assumir a operação do transporte público.
Essa foi a quarta tentativa da prefeitura para locação de veículos elétricos, que substituirão a frota convencional do transporte público – leia mais detalhes abaixo.
Edital
Publicado no dia 17 de outubro, edital prevê que a frota será composta por 400 ônibus elétricos (divididos em três modelos), com ar condicionado e outras comodidades, como carregador USB.
Pelo modelo, a Urbam será responsável pela gestão do contrato de locação e pela gestão financeira, além dos meios de pagamento do transporte público na cidade.
O preço máximo previsto no edital era de R$ 2,8 bilhões, exatamente o valor da proposta feita pela empresa vencedora nesta sexta-feira (24).
Novela
Essa é a quarta tentativa da prefeitura para locação dos ônibus. Duas delas foram suspensas após problemas na Justiça e Tribunal de Contas, e uma outra teve somente uma empresa, que não foi habilitada.
A última tentativa havia sido neste ano e terminou com a revogação da licitação em maio. Dois meses antes, no entanto, ela já estava suspensa por apontamentos do Tribunal de Contas, que recebeu representações feitas por vereadores e a empresa CS Brasil.
Na ocasião, as partes questionaram itens do edital como o fornecimento de carregadores, baterias aos veículos, imprecisão sobre destinatários e ausência de audiência pública.
Com o impasse na definição sobre o novo sistema, três empresas têm atuado no serviço de forma emergencial: Expresso Maringá, Saens Peña e Joseense.
(Fonte: G1)