Esse leilão não incluirá as áreas do pré-sal. Serão colocados em disputa 174 blocos de óleo e gás nas regiões Norte e Nordeste. Metade dos blocos fica em terra, a outra metade na camada pós-sal da chamada margem equatorial da costa brasileira.
A indefinição sobre a nova Lei dos Royalties trava o agendamento da próxima rodada, segundo o secretário. “A presidente não se sente confortável com todas as informações que dispõe para autorizar a rodada”, disse ele sobre a demora na fixação da data do leilão.
Martins Almeida revelou preocupação com o fato de a ausência do leilão impedir a renovação dos portfólios das 79 petroleiras que atuam no Brasil.
“As empresas estão com menos áreas disponíveis. Portanto, essa rodada será importante”, observou.
Ainda de acordo com o secretário, se quiser exportar derivados de petróleo até 2020, o governo terá de planejar pelo menos uma refinaria a mais, além das quatro já anunciadas em fase de licenciamento e construção no Rio de Janeiro, Pernambuco, Maranhão e Ceará.
As refinarias foram concebidas para que o Brasil se tornasse exportador de derivados em 2020, mas o mercado interno cresceu tanto que o que elas vierem a produzir será consumido no próprio País.
“O mercado interno nos surpreendeu. Essas refinarias, quando prontas, devem suprir somente esse mercado”, afirmou Martins Almeida, acrescentando que não há nada definido em relação a novas refinarias além das quatro anunciadas pelo governo federal.
Por: SERGIO TORRES / RIO
(Fonte: O Estado de S.Paulo)