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Leilão do 5G: Número de licitações por dia duplica mas valor não cresce mais por isso

São 120 dias que já se somam na fase principal do leilão para atribuição das licenças do 5G, mas hoje com uma mudança significativa e a aplicação de novas regras que levaram à duplicação do número de rondas, e da possibilidade de mais licitações dos operadores que participam no procedimento. Apesar dos protestos e contestação dos operadores, a Anacom avançou com as novas regras do leilão aplicadas a partir de hoje, 5 de julho, mas à primeira vista o desejado efeito de “aceleração” do leilão parece não se ter concretizado.

Hoje só se realizaram 11 rondas, o que se deveu a um problema técnico, segundo avançou o jornal ECO, mas o “apetite” dos operadores continuou concentrado nas faixas dos 3,6 GHz, o que tem acontecido nos últimos meses. E apesar do dia fechar mais tarde, e com mais possibilidade de licitação, o valor total de encaixe potencial não aumentou muito, passando a 328,5 milhões, mais 585 mil euros do que na última sexta feira.

Desde maio que os valores de licitações andam abaixo de 1 milhão de euros, e nas últimas sessões rondam os 350 mil euros. Hoje voltaram a subir acima dos 500 mil. Mas em vez de incrementos de preços entre 1 e 3%, que têm dominado as sessões nos últimos meses, as licitações hoje foram todas com subidas de 1%.

Acelerar o leilão com mais licitações?

Segundo os dados partilhados pela Anacom quando comunicou a alteração de regras, nesta fase já se realizaram mais de 700 rondas, e o regulador avisa que o atraso põe em risco o desenvolvimento e entrada em funcionamento das redes 5G, considerando também que esta alteração não afeta a estratégia dos licitantes (as operadoras que pretendem obter as licenças) e que é “adequada e proporcional, tendo a ANACOM a expectativa de que ela seja suficiente para impedir que o leilão se prolongue excessivamente”. Mesmo assim não afasta a possibilidade de voltar a mexer nas regras, impendindo aumentos de valor de 1 e 3%, que têm sido a norma.

Um estudo partilhado pela Anacom mostra que o valor atual de licitações podia ter sido atingido em 5 dias. “A utilização maioritária de outros incrementos permitiria uma progressão muito mais rápida do leilão. De facto, como se ilustra na Figura 2, na categoria J (3,6 GHz), estima-se que o valor atual dos lotes (na ordem dos 5 M€) seria atingido num muito menor número de dias”, afirma o regulado, indicando cenários de 5 dias com incrementos de 20%, 10 dias com incrementos de 10% e 20 dias se os operadores aumentassem o preço em 5% em cada ronda, indica a Anacom.

A Anacom já sublinhou que não está afastada a possibilidade de mudar as regras para impedir as licitações pelos valores mínimos, sublinhando os danos que considera existirem para a economia e sociedade portuguesa devido ao prolongamento do leilão e do consequente no arranque dos serviços comerciais.

(Fonte: Sapo Tek)

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