Investigações apontaram irregularidades em contratos e aditivos firmados entre a empresa e a prefeitura.
A Justiça condenou um escrivão da Polícia Civil, a mulher dele e um contador por irregularidades em contratos para transporte de pacientes em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
O escrivão Ademilton Joaquim Teles e a mulher dele, Rosa Marcela Siebre, foram condenados a mais de três anos em regime aberto e ao pagamento de multa pelos crimes de falsidade ideológica e fraude em licitação.
O contador Ocivaldo Gobetti Moreira foi condenado a um ano e dois meses em regime aberto e multa por falsificação de documento.
Todas as penas foram substituídas por prestação de serviços comunitários. Além disso, nos fins de semana eles deverão ficar em casa no período da noite.
Conforme a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), o escrivão era o verdadeiro dono de uma empresa de transporte de pacientes que faziam hemodiálise. Mas, no papel, a CLM Transportadora Turística estava no nome da mulher dele.
Teles não poderia ser dono de uma empresa porque é escrivão da Polícia Civil.
As investigações começaram em abril de 2016 e apontaram irregularidades em contratos e aditivos firmados entre a empresa e a Prefeitura de Foz do Iguaçu. Os valores chegam a R$ 998.427,50.
Os promotores afirmam que os documentos dos orçamentos e propostas comerciais apresentados na licitação eram falsos e foram feitos pelo contador, que integrava o esquema.
Em novembro de 2016, o escrivão e um sobrinho dele – que foi absolvido – chegaram a ser presos preventivamente.
O que dizem os citados
A defesa de Ademilton Joaquim Teles e de Rosa Marcela Siebre declarou que eles são inocentes de todas as acusações e que por isso vai recorrer da sentença.
A defesa de Ocivaldo Gobetti Moreira declarou que a pena não foi justa e que também vai recorrer da decisão.
(Fonte: G1)