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Inquérito vai apurar se ministro fez dispensa ilegal de licitação

Na época, ministro da Integração, Fernando Bezerra, era prefeito em PE. Dispensa era necessária porque empresa era única especializada, diz nota.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes autorizou a abertura de inquérito para apurar se o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, cometeu o crime de dispensa ilegal de licitação quando era prefeito de Petrolina (PE), entre 2001 e 2004. Em nota, a assessoria do ministério informou que a dispensa de licitação era necessária porque não havia outra empresa especializada no serviço.


Além disso, a assessoria afirmou que o Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS) reconheceu em auditoria a regularidade dos valores praticados na licitação e que a aquisição do serviço sem licitação beneficiou a população – leia abaixo nota do ministério.

 

Como Fernando Bezerra é ministro e tem foro privilegiado, só pode ser investigado em inquérito autorizado e supervisionado pelo Supremo. Gilmar Mendes deu decisão em 2 de agosto após pedido feito pelo ex-procurador-geral da República Roberto Gurgel. Depois da fase de coleta de provas, a Procuradoria ainda decidirá se denuncia ou não o ministro. Somente se isso acontecer e o Supremo aceitar a denúncia, Bezerra passaria a ser processado criminalmente.

 

No pedido de investigação, Gurgel apontou que houve contratação irregular de empresa que forneceu órteses e próteses ao Hospital Dom Malan, de Petrolina. De acordo com a Procuradoria, o então prefeito realizou o processo de compra dos itens em um único dia, desde a autorização para a aquisição até a assinatura do contrato.

 

A PGR aponta ainda que a prefeitura obteve da Câmara de Dirigentes de Logistas de Petrolina uma declaração de que a empresa tinha exclusividade para o serviço na cidade, mas, depois, a própria câmara disse que não havia nenhuma empresa desse ramo no cadastro. “Os indícios de fraude no procedimento licitatório são reforçados pelo fato de a pessoa júridica […] ter sido constituída em 9 de janeiro de 2001, cerca de três meses antes de ser contratada pela prefeitura”, apontou Roberto Gurgel.


O então procurador destacou que a empresa recebeu mais de R$ 215 mil da prefeitura na contratação suspeita. “Há indícios de ocorrência de fraude em procedimento licitatório e malversação dos recursos públicos”, afirmou Gurgel.

 

Além de abertura de inquérito, Gilmar Mendes determinou a quebra de sigilo da empresa contratada. “Conquanto existam indícios formais dessas irregularidades, conforme apontado pela PGR, no caso, mostra-se imprescindível rastrear os recursos liberados”, afirmou o ministro.

 

(Fonte: G1)

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