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Grandes construtoras perdem espaço para médias empresas

Grande parte do sucesso das médias empresas deve-se à criatividade perante às possibilidades que se abrem em uma concessão ou PPP, avaliam participantes do setor. Em grandes usinas hidrelétricas, por exemplo, não se licita mais a obra, mas a entrega de energia no futuro. Isso deixa os grupos livres para planejar a execução.

No caso dos leilão dos aeroportos, ocorrido no mês passado, uma pessoa envolvida com os projetos diz que pode ousar mais o consórcio que melhor calculou retornos na exploração do espaço entre o check in e o embarque, de alta rentabilidade. Isso não tem a ver com economia na obra, o que grandes empresas sabem fazer, mas com retorno em serviços.

O presidente do conselho do grupo Galvão, Dario Galvão, explica como isso ocorre na prática. A empresa saltou da décima quinta colocação no ranking do setor em 2006 para a sétima em 2010 investindo fortemente em PPPs. A receita pulou de R$ 270 milhões em 2005 para R$ 2,4 bilhões em 2010.

Ele conta que o estádio do Castelão, em Fortaleza, é um exemplo de PPP em que novas estratégias reduziram custos e tempo de construção. Houve adaptação, por exemplo, no modo de instalação do anel inferior da arquibancada desde a concepção original, o que pode antecipar a data de entrega.

— Os modelos de concessão e de PPPs criam oportunidades para novos entrantes. Nas PPPs, aplicamos mais a inteligência do que a engenharia — diz Galvão.

Nos últimos leilões de concessões, entre os principais vencedores estavam essas empresas médias, que ganharam cacife por meio de parcerias com grupos estrangeiros e fundos de investimentos que investem no Brasil de olho nas oportunidades do país. O leilão dos aeroportos teve ágio de quase 700%, assim como a concessão da BR-153, que também teve ágio alto: 63,5%.

Para o próximo leilão da rodovia BR-040, já são esperados dez grupos na disputa. Surpresas também têm surgido nas PPPs. Poucos no setor esperavam, por exemplo, que no estado da Andrade Gutierrez as emergentes Egesa, HAP e Construcap levariam a PPP do Mineirão. O leilão do ano passado não teve sequer concorrente.

A competição já é a segunda maior fonte de preocupações dos empresários do setor de construção civil, segundo sondagem da FGV, perdendo apenas para problemas relacionados à falta de mão-de-obra no setor.

Não só as médias empresas no país crescem, mas também estrangeiras têm chegado ao país com frequência cada vez maior, sozinhas ou como sócias em grupos brasileiros. É o caso da espanhola Isolux.

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