Os aeroportos de Fortaleza, Curitiba, Campinas e Belo Horizonte também foram reclassificados de saturação crítica para saturação de atenção. A mudança de critérios teve reflexos na avaliação do desempenho, sobretudo do embarque e desembarque de passageiros em Porto Alegre. A Secretaria de Aviação Civil insiste em que não haverá problemas com os aeroportos n a Copa do Mundo.
No último mês, já houve mudança no plano de investimentos da Infraero para o evento. O valor total caiu de R$ 5,23 bilhões para R$ 5,15 bilhões. Os investimentos são necessários para que a maioria dos aeroportos de cidades-sede opere dentro dos níveis de saturação aceitáveis em 2014, ainda segundo projeções da Infraero. Mas, apesar das obras previstas, ainda há possibilidade de os aeroportos de Brasília, Curitiba e Confins operarem na Copa do Mundo acima da capacidade dos terminais de passageiros.
Resta ainda grande indefinição sobre o modelo de concessão à iniciativa privada de terminais de passageiros em Brasília, Guarulhos e Viracopos, para os quais o governo já anunciou a intenção de contar com parceiros privados. A tendência mais forte no momento é contar com os parceiros privados para a construção dos terminais, que teriam, em troca, a exploração dos espaços comerciais. Mas há dúvidas se o modelo viabilizaria a concessão do aeroporto de Guarulhos, onde os investimentos necessários superam R$ 700 milhões.
A abertura de capital da Infraero só deverá acontecer no final do mandato da presidente Dilma Rousseff, segundo a previsão mais recente do comando do setor aeroportuário.
Por: Marta Salomon e Tânia Monteiro
(Fonte: Estado de S. Paulo)