Sobre a venda de participações acionárias, já há nomes?
Fizemos uma lista que é maior do que US$ 13,6 bilhões. Muito maior.
Quanto maior?
Muito maior, ponto. Colocamos US$ 13,6 bilhões porque é o que precisamos para que o plano seja financiado no nível que queremos: entre 1,6 e 1,9 vezes o EBITDA de dívida líquida e com a taxa de alavancagem entre 26% e 29%. Daí porque vou ter US$ 13,6 bilhões de venda de ativos; US$ 26 bilhões de caixa hoje; de US$ 125 bilhões a US$ 149 bilhões de geração própria de caixa depois de dividendos, e captação entre US$ 67 bilhões e US$ 91 bilhões.
E os desinvestimentos ocorrerão ao longo de dois anos e meio, conforme forem necessitando desse capital?
Não precisamos desse capital agora, mas em cinco anos. São US$ 224,7 bilhões de investimentos mais US$ 31 bilhões de amortizações. Então, durante cinco anos vamos precisar desembolsar esses recursos.
A venda das ações será pulverizada ou vocês irão se desfazer de blocos de participações?
Ainda não está definido. É um processo que vamos definir quando for necessário.
O senhor disse que não existe empresa de petróleo sem ingerência política. Essa ingerência aumentou no governo Dilma?
Ficou na mesma. O Conselho de Administração da Petrobrás, que é onde entra a ingerência política, é o mesmo. Não houve nenhuma mudança. Ou melhor, Dilma Rousseff saiu da presidência do Conselho para assumir a presidência da República e o (ministro da Fazenda) Guido (Mantega) assumiu a presidência do Conselho.