Notícias

Governo do Paraná vai auditar contratos suspeitos do Porto de Paranaguá

O governo do Paraná determinou que a Appa promova auditorias em contratos para investigar suspeitas de fraude no Porto de Paranaguá, segundo maior do país.

 

O governo do Paraná determinou que a Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina) promova auditorias em contratos para investigar suspeitas de fraude no Porto de Paranaguá, segundo maior do país.Ontem, a Polícia Federal prendeu no Rio de Janeiro o ex-superintendente da Appa Daniel Lúcio de Oliveira de Souza por suspeita de recebimento de R$ 5 milhões em propina para que uma empresa vencesse uma licitação para a compra de uma draga.

A PF também apreendeu R$ 65 mil em dinheiro na casa dele. Segundo a PF, Souza também é suspeito de ser dono de uma empresa contratada para executar serviços emergenciais por R$ 270 mil, quando o custo não passava de R$ 70 mil.  Souza comandou a administração do porto entre outubro de 2008 e abril de 2010.

Segundo o governo, o atual superintendente, Airton Vidal Maron, já baixou uma portaria para auditar todos os contratos firmados em administrações anteriores e que estão sendo investigados pela Polícia Federal. Ontem, agentes da PF também cumpriram ontem 29 mandados de busca e apreensão. Um deles foi cumprido em Curitiba, no apartamento de Eduardo Requião, irmão do ex-governador do Paraná e senador eleito Roberto Requião (PMDB). Eduardo ocupou o cargo de superintendente da Appa entre 2003 e 2008, quando Roberto era governador.

Na operação da PF, batizada de Dallas, também foram presas outras nove pessoas suspeitas de integrarem uma quadrilha responsável por roubo de cargas, principalmente grãos para a exportação, que passavam pelo porto. Entre os presos, estão diretores e funcionários de uma empresa de logística que atua no porto.

Segundo a Receita Federal, que participou da operação, a quadrilha é suspeita de desviar 10 mil toneladas de cargas anualmente, especialmente soja, farelo, milho, açúcar e trigo. As investigações começaram há dois anos, após a Receita Federal receber reclamações de exportadores que se queixaram que parte das cargas embarcadas em navios graneleiros vinha sumindo. Segundo a Receita, a suspeita é de que a quadrilha se apropriava da “retenção técnica”, um percentual a mais de carga enviado pelos exportadores para cobrir perdas que podem acontecer em operações de armazenagem e embarque de granéis.

 

Quando o embarque era finalizado, os suspeitos informavam aos exportadores que não havia sobrado qualquer retenção. Depois, eles comercializavam a “sobra” ilegalmente no mercado interno.
De acordo com a PF, os envolvidos podem ser indiciados por estelionato, apropriação indébita, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistemas de informática, descaminho e formação de quadrilha.

 

Segundo a Appa, nenhum dos presos ontem é funcionário da atual administração. A defesa do ex-superintendente não foi localizada pela reportagem.

 

Por: JEAN-PHILIP STRUCK | Curitiba
(Fonte: Folha SP Online)

Related posts
Notícias

Prorrogado o prazo para consulta da licitação das obras da usina Angra 3

A Eletronuclear prorrogou até o próximo dia 17 de maio a consulta pública sobre licitação para…
Read more
Notícias

Prefeitura anuncia licitação para concessão do sistema de água e esgoto em Concórdia

Concórdia – O prefeito Rogério Pacheco confirmou que a Prefeitura de Concórdia irá lançar…
Read more
Notícias

Licitação para revitalização da Avenida Jk recebe duas propostas

Empresa responsável pela duplicação da Rodovia das Cataratas é uma das concorrentes. A…
Read more

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *