Haverá também uma licitação em áreas que não são do pré-sal em maio.
Após quase quatro anos sem ofertar novos blocos de exploração de petróleo, o governo surpreendeu o mercado ontem ao anunciar que fará o primeiro leilão do pré-sal em novembro de 2013. Haverá também uma licitação em áreas que não são do pré-sal em maio. A decisão veio após uma avalanche de críticas durante a abertura da maior feira do setor na América Latina, a Rio Oil & Gas, marcada pela cobrança por novos leilões.
Desprestigiado pelo governo – não compareceram ao evento a presidente Dilma Rousseff, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, nem a presidente da Petrobrás, Graça Foster -, o setor avaliou que a indefinição afastava investimentos, inclusive estrangeiros, e ameaçava a produção de petróleo no País. Há também descontentamento com a política de conteúdo local e o congelamento de preços dos combustíveis, que deu prejuízo à Petrobrás no segundo trimestre.
A resposta veio de Brasília. Coube a Lobão anunciar que a presidente Dilma Rousseff aprovou a realização da 11.ª rodada em maio, com 174 blocos em terra e na margem equatorial, e o início de estudos para a 1.ª rodada de licitações do pré-sal, sob o regime de partilha, em novembro do ano que vem. As datas exatas serão estabelecidas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).